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Mel Gibson regressa aos cinemas com "Flight Risk": de "Mad Max" a "Braveheart", os filmes essenciais do "Mad Mel"

L.S.
27 jan 2025 17:23
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A mais australiana das estrelas de cinema norte-americanas tem emprestado o seu carisma a dezenas de filmes à frente, mas também atrás das câmaras, como acontece com a nova estreia em Portugal. As suas personagens costumam andar de mãos dadas com a violência, um fantasma constante na sua carreira, tal como algumas polémicas pessoais.
  • A mais australiana das estrelas de cinema norte-americanas tem emprestado o seu carisma a dezenas de filmes à frente, mas também atrás das câmaras, como acontece com a nova estreia em Portugal. As suas personagens costumam andar de mãos dadas com a violência, um fantasma constante na sua carreira, tal como algumas polémicas pessoais.
  • O sexto filme como realizador de Mel Gibson, após passar pelos Óscares com "Braveheart", "A Paixão de Cristo" e "O Herói de Hacksaw Ridge" é um 'thriller' de ação com Mark Wahlberg, Michelle Dockery e Topher Grace. Uma história sobre uma US Marshal dos EUA que transporta um mafioso que se tornou informador através da paisagem selvagem do Alasca. O voo complica-se quando é revelado que o piloto tem segundas intenções.
  • Um filme como secundário, outro como figurante e à terceira a explosão com um thriller brutal de vingança passado num futuro apocalíptico: o papel de "Mad" Max Rockansky, um destemido polícia vestido de cabedal que declara guerra aos assassinos motorizados que apontaram armas à sua família acabaria por ser um mapa para a sua carreira.
  • Ainda antes da estreia de "Mad Max", os ecos do seu impacto na indústria australiana levaram à contratação de Mel Gibson para este filme sobre um jovem de 24 anos com um ligeiro atraso mental que começa a trabalhar como jardineiro para uma mulher americana de meia idade (Piper Laurie), numa amizade que evolui para um amor que vai enfrentar muitos preconceitos. A interpretação valeu a Gibson um 'Óscar' do cinema australiano.
  • Uma vez que o primeiro "Mad Max" tinha sido mal lançado nos EUA, este foi o filme que realmente apresentou Mel Gibson à América. Um dos melhores filmes de sempre, onde Max é o solitário que percorre as estradas do interior da Austrália numa infindável busca de gasolina, competindo contra outros e ainda enfrentando bizarros guerreiros comandados pelos Humungus, notabilizados por nunca fazerem prisioneiros quando, em alternativa, os podem pulverizar.
  • Peter Weir não só realizou um dos mais icónicos títulos do cinema australiano, ajudando a afirmá-lo internacionalmente, como um dos mais devastadores filmes de guerra de sempre. Archie Hamilton (Mark Lee), uma das maiores promessas das pistas de corrida da Austrália, vence Frank Dunne (Gibson) numa competição e acabam por se tornar amigos. Unidos pelo idealismo, os dois alistam-se no exército sem ter a mínima noção do horror que vão enfrentar na trágica e lendária batalha de Gallipoli, durante a Primeira Guerra Mundial. Mel Gibson ganhou mais um prémio de Melhor Ator e confirmou definitivamente o grande talento na representação.
  • Novamente com Peter Weir e já com o apoio de dinheiro americano, Gibson noutro marcante filme, aqui como um ambicioso correspondente australiano na sua primeira missão internacional: cobrir os últimos momentos do regime de Sukarno e a revolução de 1965 na Indonésia.
  • Nno papel de Fletcher Christian, que liderava um motim num navio depois do comandante (Anthony Hopkins), começar a agir de forma cada vez mais despótica perante a tripulação, teve a difícil tarefa de suceder a Clark Gable e Marlon Brando numa nova versão de "Revolta na Bounty". Embora elogiado por ser a versão mais fiel à obra, o ator lamentou mais tarde não ter sido um completo antagonista. O filme foi um fracasso e a rodagem foi complicada, com Gibson a abusar da bebida, levando até Hopkins, antigo alcoólico, a manifestar em público preocupação com a saúde do colega.
  • O primeiro e o melhor dos quatro que juntaram como parceiros o sargento Martin Riggs, um policia ensandecido, suicida, sempre no seu limite (Gibson, naturalmente), e Roger Murtaugh, um homem de família tranquilo (Danny Glover), que espera apenas a sua reforma chegar. Um dos mais populares filmes americanos dos anos 80, que além de ter dado a Gibson o papel que define toda a carreira, o tornou realmente uma grande estrela... e também um gigantesco 'sex symbol'. O 'Mad Mel' que se colou à pele pode ter sido inventado pelos tablóides no século XXI, mas este filme deu um forte empurrão na inspiração...
  • Na época, Mel Gibson teve de suportar o gozo de quem já tinha esquecido os primeiros filmes e não conseguia imaginar intérprete de Martin Riggs a fazer Shakespeare ao lado de aclamados atores como Glenn Close, Paul Scofield, Ian Holm ou Alan Bates. Embora o filme teve os seus detratores, é precisamente a controlada representação maníaca do ator, como se fosse o 'tudo ou nada' na carreira, que agora é mais recordada.
  • Para um ator constantemente reduzido ao estuto de  'sex symbol', é significativo que a estreia como realizador tenha sido sobre um homem com o rosto deformado que se tornava protetor de um rapaz de 12 anos (estreia espantoso de Nick Stahl). O resultado foi um filme honesto sem cedências sentimentais que revelava um talento promissor atrás das câmaras.
  • O filme ganhou os principais Óscares referentes a 1995, incluindo de Melhor Realização para Gibson, mas o que menos sabem é que este só tencionava trabalhar atrás das câmaras: ele foi William Wallace porque só assim o estúdio aceitava financiar o projeto sobre a história do homem que unificou os escoceses do século XIII contra o domínio ditatorial da Inglaterra.
  • Uma surpresa: apenas alguns meses após ganhar os Óscares, Mel Gibson voltava a surpreender naquele que é um dos seus filmes e interpretações mais subestimados. Ele era o milionário que recebia um choque ao descobrir que o filho de nove anos foi sequestrado. No início, ele só quer é pagar o resgate, mas quando conclui que a seguir vão matar o seu filho, decide mudar as regras do jogo comunicando pela televisão que não pagará nada aos sequestradores mas dará uma recompensa a quem os ajudar a capturá-los. E quando isso não tem o efeito pretendido, dobra o valor.
  • Neste deliciosa animação 'spot motion', Mel Gibson dava voz a um galo americano e bem-falante chamado Rocky que aterrava por acidente numa quinta onde as galinhas tentavam organizar evasões até então sempre fracassadas.
  • Mel Gibson a divertir-se com a sua imagem de galã e a revelar um 'timing perfeito' para a comédia mais pura, como um bem sucedido executivo de publicidade e auto-proclamada dádiva de Deus às mulheres, o tipo de homem que todos invejam. Até que, uma noite, um autêntico 'choque' abre-lhe os olhos e sobretudo os ouvidos, descobrindo que tem um outro dom: pode ouvir os mais íntimos pensamentos das mulheres que estão à sua volta. E rapidamente vai tirar o melhor partido do seu novo dom, sobretudo com a sua nova chefe, Darcy (Helen Hunt).
  • Realizado por M. Night Shyamalan, este foi o último sucesso comercial de Mel Gibson antes de sucessivos escândalos pessoais fazerem descarrilar a sua carreira. Trata-se de um improvável filme intimista de ficção científica, mas a personagem é familiar: um pastor em dor e em busca da redenção e da fé após a morte da esposa. E um dia misteriosos sinais em forma de círculos gigantescos surgem nitidamente marcados no campo de cultivo da quinta da família...
  • Tal popular como controverso, o filme de Mel Gibson sobre o Calvário de Cristo tem muitos admiradores e detratores. Os críticos de cinema, por outro lado, não perdoaram a ousadia do americano há muito adotado pela Austrália.
  • Um filme sobre o fim da civilização Maia quesucedeu ao "A Paixão de Cristo" na carreira de Mel Gibson como realizador. O impacto é que não foi o mesmo: um fracasso mundial.
  • Uma das presenças mais vulneráveis de Mel Gibson, que nos anos mais recentes tem vindo a ser considerada uma das melhores interpretações: um executivo bem sucedido e o homem da família que, a sofrer de depressão e sem conseguir dar a volta ao problema e voltar a ser o que era, um dia encontra um fantoche castor e começa a usá-lo para comunicar e regressar à vida. A história contribuiu para que o filme de Jodie Foster não chegasse a lado nenhum, mas também foi prejudicado pelo estatuto de 'persona non grata' de Mel Gibson por problemas judiciais e comentários controversos.
  • Um dos melhores filmes de Mel Gibson destes útltimos anos. O ator interpreta um antigo motoqueiro criminoso e ex-presidiário, determinado a proteger a sua filha, e pela primeira vez na sua vida a fazer o que está certo, quando ela é incriminada pelo namorado, um perigoso chefe de um cartel de droga, por ter roubado um avultado pacote de dólares.
  • Este filme de guerra apenas com Mel Gibson como realizador conta a história de Desmond Doss (Andrew Garfield), que numa das batalhas mais sangrentas da 2ª Guerra Mundial, salvou 75 pessoas sem disparar uma única arma. Devido à sua bravura, Doss tornou-se no primeiro objetor de consciência a ser condecorado com a Medalha de Honra do Congresso Americano. Nomeado para seis Óscares e vencedor de duas estatuetas, o sucesso foi grandemente responsável para Mel Gibson deixar a "lista negra" de Hollywood.
  • Um "road movie" sádico e perverso à antiga que junta Mel Gibson e Vince Vaughn como dois polícias que sofrem de excesso de zelo e são suspensos de funções. Para serem compensados pelos estragos, vão ter de mergulhar no submundo do crime.
 
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