Quase três anos depois de "We Are The Night" – vencedor de Grammys e o quinto álbum consecutivo a chegar a número um nas tabelas do Reino Unido –, "Further" é um disco em que Tom Rowlans e Ed Simons exploram as barreiras e limites do seu som. Depois de uma viagem por quatro décadas de música electrónica Tom & Ed pegaram no modelo das suas edições ocasionais com Electronic Battle Weapon e transformaram-no de forma gloriosa num álbum. Amostras e fragmentos de voz são tecidos por entre as faixas, criando um álbum que flúi como um dos lendários DJ sets do grupo. Em "Further", o poder do pop da Costa Oeste está lado-a-lado com os fortes ritmos da música germânica, enquanto manipulações do esqueleto sonoro de My Bloody Valentine pairam sobre as primeiras cordas de baixo na house.

Começa com o que parece ser uma transmissão de código Morse; sinais da Terra que saltam para fora das órbitas dos detritos espaciais. Fragmentos de vozes encontrados no éter cortam a máquina de névoa, flutuando através do equipamento analógico mantido a trabalhar carinhosamente, mas há muito fora de validade. Quando os sons e batidas começam a chegar, tornam-se totalmente abrangentes, rodeiam-nos de forma vertiginosa e desorientam-nos. Os sons vêm na contra-corrente, como se restringidos pelo volume; mas quando saltam das colunas ganham vida própria. Apesar de ser uma banda já muito habituada a trabalhar com sons psicadélicos, desta vez os Chemical Brothers quebram todas as barreiras.

Esta é também a primeira verdadeira colaboração com os parceiros visuais de longa data: Adam Smith – aka Flat Nose George – e Marcus Lyall. Adam Smith têm sido os responsáveis por todas as criações visuais dos concertos dos Chemical Brothers desde que se estrearam ao vivo em 1994. Os efeitos visuais de Further foram criados para corresponderem a cada uma das oito faixas do disco e foram planeados ao longo do mesmo.

Fica aqui um exemplo disto, no primeiro avanço, "Swoon":