O quarto álbum, oito anos depois de "Human after all", apela à memória musical de Thomas Bangalter e Guy-Manuel de Homem-Christo, remete para o disco-funk, os anos 1980 e foi o primeiro que gravaram em estúdio, com vários instrumentos, para lá dos sintetizadores e dos manipuladores de voz, habituais na sonoridade "Daft-Punk".

O primeiro single retirado de "Random Access Memories", "Get Lucky", interpretado por Pharrell Willams, bateu recordes de escuta e vendas na internet, no Sportify e iTunes, por exemplo.

Pharrell Williams foi o primeiro dos convidados anunciados pelo grupo para este álbum, aos quais se juntou o produtor italiano Girogio Moroder, o norte-americano Nile Rodgers ou os músicos Panda Bear (dos Animal Collective) e Julian Casablancas (dos Strokes).

Os Daft Punk, que surgem sempre com o rosto coberto por capacetes futuristas, explicaram em abril à revista Rolling Stone que começaram a trabalhar no novo álbum em 2008, em Paris, mas cedo perceberam que procuravam uma sonoridade diferente da que já tinham feito antes.

A dupla não queria ficar à sombra de sucessos "Around the world", "Da funk" e "One more time", mas também não estava satisfeita em ter mais canções marcadas apenas pela eletrónica e em modo "piloto automático".

"Queríamos fazer o que fazíamos antes, com as máquinas e 'samplers', mas também com pessoas", explicou Thomas Bangalter; daí a quantidade de convidados presentes neste novo registo.

"Random Access Memories", que sai na segunda-feira em Portugal com o selo da Sony Music, foi lançado oficialmente na sexta-feira em Wee Waa, uma localidade rural na Austrália, com escassos dois mil habitantes.

Mesmo sabendo que Thomas Bangalter e Guy-Manuel de Homem-Christo supostamente não estariam presentes, os bilhetes para o lançamento venderam-se em menos de 15 minutos e estiveram presentes mais de quatro mil pessoaos.

Os Daft Punk, que atuaram em 2006 no festival Sudoeste, em Portugal, anunciaram ainda que não têm planos para uma nova digressão.

@Lusa