O concerto que decorreria a 13 de junho em Pittsburgh era um dos poucos mantidos no calendário da rapper australiana, depois de esta ter cancelado recentemente uma digressão pelos EUA e Canadá alegando a necessidade de "descanso mental".

Azalea pediu desculpa pelos comentários passados, afirmou que apoia os direitos dos homossexuais e transgéneros e que não pretendia provocar uma reação ao evento.

"Acredito firmemente na igualdade. Infelizmente, no passado, utilizei palavras que não deveria ter utilizado", afirma a cantora de 25 anos em comunicado. "A última coisa que desejo é que se interprete como um reflexo de minha personalidade algo que disse de maneira irresponsável", completa.

Azalea, que usa com frequência as redes sociais, postou uma série de comentários antes da fama que poderiam ofender gays e lésbicas, assim como as minorias étnicas.

Numa mensagem no Twitter, em 2010, a cantora escreveu: "Quando rapazes sussurram nos ouvidos dos outros, penso sempre que é algo homo".

Muitos ativistas protestaram contra a apresentação de Azalea no evento denominado "Orgulho na Rua", que é parte da celebração anual de verão para criar um ambiente de inclusão para gays e lésbicas.

Bruce Kraus, presidente do Conselho de Pittsburgh, que é homossexual, apoiou os pedidos de boicote ao concerto de Azalea.

A Fundação Delta de Pittsburgh, grupo de defesa dos direitos dos homossexuais que organiza o evento, informou que está a tentar encontrar uma alternativa. "Lamentamos que nossa escolha como atração principal tenha provocado divisões dentro da nossa comunidade, mas acreditamos que as mudanças acontecem através do diálogo", afirmou a fundação em comunicado.

Azalea chegou ao sucesso comercial no ano passado com o seu álbum de estreia, "The New Classic", que a transformou num fenómeno fora do comum: uma australiana branca que triunfa no hip hop, terreno geralmente masculino e reservado aos afro-americanos.

@AFP