
Os autores de "Mamma Mia" ou "Dancing Queen" viraram a página dos seus anos em palco, criando um museu na capital da Suécia que sucitou algumas reticências ao início. "No museu podem ver-nos reunidos. Não nos poderão ver mais de perto", brincou Björn Ulvaeus, durante uma conferência de imprensa, na qual descartou a hipótese de a banda se voltar a juntar. "Estava um pouco reticente com o facto de me tornar numa peça de museu, nem sequer queria ouvir falar nisso. Mas mudei de opinião quando me apercebi que o museu iria ficar sediado em Estocolmo, que não iria ver isso de longe", explicou o músico sexagenário.
Segundo Björn Ulvaeus, os outros elementos da banda - Anni-Frid Lyngstad, Agnetha Fältskog e Benny Andersson -, também estavam céticos sobre a ideia de se tornarem peças de museu mas depressa mudaram de ideias. Björn Ulvaeus empenhou-se pessoalmente na conceção do espaço museológico, no qual avançou com parte do financiamento. "Disse a mim próprio: devo fazer tudo o que estiver ao meu alcance para que fique o melhor possível", afirmou.
A história de Björn e dos restantes elementos da banda, criada em 1972, está reconstituída no museu, através de fotografias de infância, os primeiros sucessos, a formação do projeto, as imagens dos dois casais na sua intimidade, mas também a reconstituição do escritório do produtor, a mesa de trabalho do estilista e o estúdio de gravação.
O visitante é guiado através de 1.300 metros quadrados ao som dos seus ídolos, graças a existência de áudios gravados para o efeito. "Falamos da vida quotidiana, da vida com os filhos, da rutura da banda, das crises, (…), dos divórcios. Ultrapassamos a imagem lúdica que sempre demos", adiantou. Björn Ulvaeus foi casado com Agnetha, com quem teve dois filhos. Benny e Anni-Frid formavam o outro casal. Num ambiente descontraído, o visitante pode ainda cantar em palco com os ABBA e admirar o seu vestuário da altura. A mítica banda sueca, que durou dez anos, vendeu 378 milhões de álbuns no mundo inteiro.
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