O projeto "Fruta Feia", que pretende combater o desperdiço alimentar através da venda de frutas e hortaliças que não encontram escoamento devido a problemas meramente estéticos, e o projeto de revitalização do espaço urbano "Rés-do-Chão" conquistaram o segundo e terceiro lugar, respetivamente.

Aos três vencedores distinguidos hoje na Fundação Gulbenkian, em Lisboa, pelo Presidente da República, Cavaco Silva, foi atribuído no seu conjunto um prémio de 50 mil euros para implementarem os respetivos projetos.

O concurso Ideias de Origem Portuguesa é uma iniciativa da Fundação Gulbenkian e da associação empresarial COTEC Portugal destinada aos portugueses que vivem no estrangeiro e que visa fortalecer a ligação da diáspora a Portugal.

O concurso desafiou a disporá portuguesa a apresentar ideias e projetos de empreendedorismo social nas áreas do ambiente e sustentabilidade, inclusão social, dialogo cultural e envelhecimento.

A segunda edição recebeu um total de 75 candidaturas provenientes de vários países tais como a China, os Emirados Árabes Unidos, Brasil, Suíça, Reino Unido, Espanha ou Alemanha.

O projeto vencedor Orquestra XXI, a que foi atribuído um prémio no valor de 25 mil euros, tem como objetivo juntar numa digressão por Portugal 40 músicos portugueses de renome que integram as melhores orquestras do mundo.

A ideia é trazer estes músicos para Portugal onde, além de fazerem concertos, vão também ajudar a dinamizar as academias de música nacionais, segundo a organização.

O segundo prémio, no valor de 15 mil euros, foi atribuído ao projeto "Fruta Feia", um projeto-piloto que visa combater a ineficiência de mercado num país cada vez mais pobre mas onde todos os anos continuam a ser desperdiçadas 30 por cento da fruta e das hortaliças produzidas devido a meros problemas estéticos.

Estes produtos, que não encontram escoamento possível através das grandes distribuidoras, vão passar a ser vendidos em espaços específicos e a preços mais baratos, com vários produtores locais e regionais como parceiros.

Já o Rés-do-Chão, que conquistou o terceiro lugar, é uma iniciativa de quatro arquitetas que propõem revitalizar o espaço urbano desocupado, nomeadamente os pisos térreos, para dinamizar as ruas e reabilitar as cidades.

@Lusa