A juiza Lidiya Yakovleva recusou libertar Nadezhda Tolokonnikova, de 23 anos, afirmando que esta não se arrependeu e que já teve várias repreensões durante a pena que cumpre numa colónia penal em Mordovia. "Conceder-lhe liberdade condicional é prematuro", afirmou, uma decisão recebida com gritos de "Vergonha!" pela assistência, que incluiu o pai e o marido de Tolokonnikova.

Tolokonnikova, uma de duas das integrantes da banda punk feminina Pussy Riot presas no ano passado por uma atuação numa catedral de Moscovo, ouviu em silêncio a deliberação da juíza.

Entre os argumentos invocados pelos responsáveis da prisão onde cumpre a pena de dois anos por vandalismo e ódio religioso está a sua falta de participação em atividades como o concurso de beleza "Miss Campo Prisional 14". "Não se arrepende do que fez", indicaram.

A defesa alegou que a filha da detida, com cinco anos, precisa da mãe, e leu um apelo à sua libertação subscrito por vários ativistas dos direitos humanos.

O julgamento das Pussy Riot despertou atenção internacional, com figuras como a cantora Madonna e a artista Yoko Ono a manifestarem o seu apoio às jovens.

@Lusa