Este artigo tem mais de 12 anos
Conhecida pelo seu percurso controverso, tanto a nível pessoal como artístico, Yoko Ono faz 80 anos esta segunda-feira. Aproveitamos a ocasião e fazemos uma viagem por alguns dos seus muitos discos, em especial os que assinou ao lado de John Lennon. As oito décadas de Yoko Ono incluem uma vida e obra invulgarmente prolíficas e ainda mais polarizadoras. De protegida de John Cage a musa e esposa de John Lennon, de objeto de ódio de muitos fãs dos Beatles a figura de culto em círculos mais alternativos, a japonesa raramente foi encarada com indiferença. Artista omnívora, com um apetite que a levou a experiências na música (em cerca de duas dezenas de álbuns), artes plásticas, literatura ou cinema, nunca foi imune ao ar dos tempos e ambientes em que se move, destacando-se, além da costela artística, por uma postura ativista com uma palavra a dizer sobre o papel da mulher, a guerra ou a sida. O interesse por linguagens de vanguarda, presente desde os dias em que ainda vivia em Tóquio, onde nasceu, ganhou outros contornos e projeção quando se juntou a John Lennon para "Unfinished Music No.1: Two Virgins" (1968). O disco, gerado numa noite que iniciou e cimentou uma relação (artística e conjugal) com reflexos na história dos Beatles, deixou um legado artístico acolhido com descrédito, na altura, e parcialmente reavaliado, mais recentemente, por músicos que elogiam o seu pioneirismo e arrojo. Abaixo, recordamos alguns dos capítulos mais fortes que juntaram Ono à música, com ou sem Lennon em simultâneo.<

@Gonçalo Sá
Comentários