Depois da reação de Dylan, a secretária da Academia, Sara Danius, disse que "tudo seria feito" para tornar a estadia agradável ao cantautor que prefere os trompetes às luzes da fama.

Mas há uma condição, de acordo com o estatuto da Fundação Nobel: o laureado "deve dirigir-se, de uma forma ou de outra, à academia do Nobel. Pode ser por meio de um breve discurso, uma atuação, um vídeo ou uma canção", lembrou Sara Danius, citada pela rádio pública SR.

"Espero que ele faça o que tiver vontade", acrescentou.

O artista americano de 75 anos quebrou na sexta-feira o silêncio de mais de dez dias sobre o Nobel.

"É difícil de acreditar", disse o cantor e compositor americano ao jornal britânico Daily Telegraph. "Quem poderia sonhar com algo assim?", acrescentou.

Questionado sobre se compareceria à cerimónia que é oferecido aos laureados com o Nobel em Estocolmo no próximo dia 10 de dezembro, presidida pelo rei da Suécia, Carlos XVI Gustavo, Dylan respondeu: "Com certeza, se for possível".

Oito dias após o anúncio do prémio, um proeminente membro da Academia sueca tinha criticado o comportamento de Bob Dylan. "É rude e arrogante. É o que é", acusou Per Wastberg.

Sara Danius explicou que, desde então, conversou com Bob Dylan. Ele foi "humilde, simpático e engraçado", assegurou.