O anúncio foi feito com a habitual pontualidade pelo secretário permanente da Academia Sueca, Mats Malm, que justificou a escolha de Han Kang pela sua "intensa prosa poética, que confronta traumas históricos e expõe as fragilidades da vida humana".

Mats Malm disse ter falado ao telefone com a escritora sul-coreana, que estava a ter um "dia banal", acabara de jantar com o filho e "não estava preparada para isto".

Nascida em novembro de 1974, Han Kang é a 18.ª mulher a receber o Nobel da Literatura e é uma autora multipremiada, tendo sido distinguida em 2016 com o Prémio Internacional Man Booker, pelo seu romance "A Vegetariana", que está editado em Portugal com a chancela Bis, do Grupo Leya.

"A Vegetariana" é definido como um romance que combina beleza e horror, para contar uma história sobre sexo, loucura e violência.

Em 2018, voltou a estar entre os finalistas do mesmo prémio com "O livro branco", a sua obra mais autobiográfica e simultaneamente experimental, publicado em 2019 em Portugal pela Dom Quixote, do mesmo grupo editorial.

Traduzidos para português e disponíveis no mercado literário nacional estão também o romance "Atos Humanos", sobre a batalha que os fracos travam contra os fortes na luta pela justiça, e "Lições de grego", uma história sobre intimidade humana e empatia entre duas pessoas com incapacidades, todos com a chancela Dom Quixote.

Em 2023, o escolhido pela academia foi o norueguês Jon Fosse.

O Nobel da Literatura é um prémio concedido anualmente, desde 1901, pela Academia Sueca a autores que fizeram notáveis contribuições ao campo da literatura, e tem um valor pecuniário superior a 900 mil euros.

Instituído em 1901, o Prémio Nobel da Literatura distinguiu até à data 121 escritores, dos quais, 103 homens e 18 mulheres.