O procedimento relativo à aquisição de serviços para a elaboração do projeto das novas instalações da escola Balleteatro foi publicado na segunda-feira em Diário da República, com o valor base de 68 mil euros.

A cargo da empresa municipal de habitação - Domus Social, o procedimento tem um prazo de execução de 150 dias e as propostas devem ser apresentadas no prazo de 30 dias a contar da data deste anúncio.

Questionada pela Lusa, sobre o andamento do processo, fonte do Balleteatro disse à Lusa que a mudança de instalações, prevista para este ano, não será possível.

"O edifício precisa de obras, pelo que já não vamos mudar este ano", adiantou a mesma fonte.

Em fevereiro de 2019, quando a companhia residente no Coliseu do Porto desde 2015, celebrou os seus 30 anos, a escola profissional adiantava que no decurso do ano letivo seguinte (2019/2020) iria mudar para um novo espaço, na antiga freguesia de São Nicolau, depois de a Câmara do Porto o ter adquirido à União de Freguesia do Centro Histórico do Porto.

À data, Né Barros, que com Isabel Barros assume a direção artística da estrutura, explicava que a ligação ao Coliseu vai continuar, com "uma relação que interessa manter" a partir dos outros departamentos da escola, que ao longo de 35 anos passou por vários espaços, na Rua da Alegria ou na zona de São Bento da Vitória, entre outros.

A aquisição do prédio em causa, situado entre a Rua Nova da Alfândega e Rua de São Francisco, foi aprovada na Assembleia Municipal extraordinária de 4 de dezembro de 2018.

À data, o PS acusou a Câmara do Porto de "dotar" a junta do centro histórico com um milhão de euros ao adquirir um edifício à junta "para resolver um problema" daquela estrutura.

Na resposta, o presidente da Câmara do Porto, o independente Rui Moreira, garantiu que a compra do imóvel era um bom negócio para a autarquia, "mais que não seja comparando a renda [paga atualmente] com o preço”.

O autarca explicou que o edifício foi alugado à junta para tentar resolver, primeiramente, o problema do Centro Social de Miragaia, tendo depois surgido a situação do Balleteatro que tem vindo a desenvolver a sua atividade no Coliseu.