Caso 21 Savage: Jay-Z e advogado juntam-se aos apoiantes do rapper que reside ilegalmente nos EUA

Os defensores do rapper de origem britânica 21 Savage, detido pela polícia migratória norte-americana desde domingo por residir de forma ilegal nos EUA, ganharam um reforço de peso com a entrada em cena de Jay-Z, que colocou o seu advogado no caso.

O advogado nova-iorquino Alex Spiro confirmou à AFP que, a pedido do seu cliente habitual, Jay-Z, está a cargo do caso do jovem rapper de Atlanta, uma estrela em ascensão que surge este ano entre os finalistas dos Grammy.

Jay-Z anunciou na quarta-feira que fará "tudo o que estiver ao seu alcance para libertar 21 Savage", um caso já apoiado sob a hashtag #Free21Savage por muitas personalidades, de Cardi B à jovem representante democrata do Congresso Alexandria Ocasio-Cortez.

"A detenção de 21 Savage é uma farsa total, a sua solicitação de visto U espera uma resposta há quatro anos", escreveu Jay-Z na sua página no Facebook.

Quase todos os fãs do rapper de 26 anos, cujo nome de batismo é Sha Yaa Bin Abraham Joseph e que tem três filhos, souberam com a sua surpreendente detenção no domingo pela polícia migratória (ICE) que o artista não era cidadão norte-americano, embora viva em Atlanta desde os sete anos e sempre tenha sido apresentado como filho da nova capital do hip-hop americano.

Desde a sua prisão, que o expõe à deportação dos EUA, os seus advogados confirmaram que estava em situação ilegal desde que seu visto expirou, em 2006, quando era menor de idade.

A partir de então, ficou na mesma situação que 1,8 milhões de jovens que chegaram aos EUA quando crianças e que continuavam em situação ilegal ao atingirem a maioridade.

O rapper 21 Savage, cujo álbum "I Am> I Was" é um sucesso de vendas nos EUA, apresentou uma solicitação de visto "U" - reservada às vítimas de crimes - há vários anos, mas o pedido permanece sem resposta.

"Tem uma solicitação de visto apresentada corretamente, que foi bloqueada quando deveria ter sido aprovada há muito tempo", o que teria "assegurado o seu status migratório", indicou Spiro.

"O único problema relacionado com o seu status é uma condenação por um caso relacionado com marijuana", que data de 2014, "anulado depois", acrescentou o advogado, que disse que o artista "deveria pelo menos poder gozar da liberdade condicional para se defender".

A audiência decorrerá  "muito em breve", assegurou Spiro.