“As sessões acontecem uma vez por mês, já a começar em janeiro, sempre às 19:00, sensivelmente na terceira semana de cada mês”, disse a mesma fonte.
O catedrático Miguel Tamen, da University of Minnesota, abre o ciclo, no dia 18 de janeiro, evocando o poeta e pedagogo João de Deus (1830-1893), autor da “Cartilha Maternal” e, entre outros, dos livros de poesia “Flores do Campo” (1868), “Folhas Soltas” (1876) e “Despedida de Verão” (1880).
A segunda sessão, no dia 22 de fevereiro, estará a cargo de Carla Quevedo, colunista na imprensa e autora do livro “As Mulheres que Fizeram Roma”, que abordará a obra musical de Stephen Sondheim, “Sweeney Todd”, e o filme homónimo realizado por Tim Burton em 2007.
“Sweeney Todd” narra a história do barbeiro Benjamin Barker, várias vezes adaptada ao cinema e teatro, publicado originalmente em Inglaterra, na série de folhetins “The String of Pearls: A Romance” (1846–47), de autor desconhecido, mas cuja autoria tem sido atribuída por vários especialista literários a James Malcolm Rymer e Thomas Peckett Prest. Esta peça foi levada à cena, em 2007, no Teatro Aberto, em Lisboa, protagonizada pela soprano Ana Ester Neves e o tenor Marco Alves dos Santos.
O catedrático António Feijó, vice-reitor da Universidade de Lisboa, e especialista em literatura, abordará, no dia 15 de março, os movimentos estéticos-literários Orpheu, ao qual pertenceu entre outros, Fernando Pessoa, autor d’ “A Mensagem”, e Presença, do qual fez parte, entre outros, o poeta José Régio, autor da “Toada de Portalegre” e “Poemas de Deus e do Diabo”.
Em abril, Frederico Lourenço, distinguido este ano com o Prémio Pessoa, irá falar sobre a vertente de poeta do evangelista São Paulo. A sessão de está marcada para o dia 5 de abril.
No dia 7 o cravista José Carlos Araújo aborda o poeta latino Plínio, o moço, que viveu entre os anos de 62 e 114, e do qual a única obra de sua autora que se conserva é "Panegírico a Trajano". O cravista, e também tradutor de latim e grego, vai falar sobre a correspondência que o poeta estabeleceu com alguns dos seus pares, com base nos estudos que está a fazer sobre o poeta para a sua tese de doutoramento, disse à Lusa a mesma fonte.
O semestre encerra no dia 7 de junho com Gustavo Rubim, professor auxiliar do departamento de Estudos Portugueses da Universidade Nova de Lisboa, que irá falar sobre Camilo Pessanha (1967-1926) autor de “Clepsidra”. O poeta que escolheu Macau para viver e onde morreu, é apontado como um dos melhores cultores da estética literária do simbolismo em Língua Portuguesa. Este ano, a comissão parlamentar de Educação, Ciência, Cultura e Desporto apreciou uma proposta para trasladar os restos mortais do autor de “Rosas de Inverno” de Macau para o panteão Nacional de Lisboa, uma questão sobre a qual ficou de reunir mais elementos.
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