Intervindo na sessão de apresentação da oitava edição do evento, sétima consecutiva na Figueira da Foz, o presidente da autarquia Local, Carlos Monteiro, anunciou um novo protocolo com a organização do Somnii - o anterior vigorava até 2020 - que estende o apoio ao festival por mais cinco anos, com 210 mil euros este ano, acrescidos de apoio logístico.
Sobre o montante dos apoios públicos, Carlos Monteiro lembrou que, até agora, o festival, mediante protocolo, recebia da autarquia 20 mil euros anuais e vai passar a receber 70 mil euros, mantendo-se o apoio de 50 mil euros do Turismo Centro de Portugal, o que totaliza 120 mil euros. A este montante acresce o apoio logístico camarário, que Carlos Monteiro estimou em "dezenas de milhar de euros", embora não revelando uma cifra exata.
Este ano, há ainda mais um financiamento de 90 mil euros, para um evento paralelo de animação, previsto no programa - designado Cidade Festival e promovido pela mesma empresa que organiza o RFM Somnii - que inclui sete palcos, 34 artistas e 84 atuações de fado, música clássica ou dança contemporânea, entre outros, na zona turística do chamado Bairro Novo, junto ao Casino, estendendo a festa da praia à cidade.
O presidente do Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, disse que o Somnii contribui para a atratividade e notoriedade do território onde se localiza, "representa valor acrescentado para o tecido económico local" e é "um marco importante" na internacionalização "pela capacidade que tem em penetrar em públicos de vários mercados", o que levou a que seja um dos 10 festivais nacionais promovidos no estrangeiro pelo Turismo de Portugal.
O festival, até aqui centrado exclusivamente na música eletrónica de dança (EDM, na sigla inglesa), mudou este ano o seu posicionamento em termos de cartaz, passado a incluir outros géneros, com destaque para o hip-hop e reggaeton, e acrescentando um segundo palco, de artistas nacionais de hip hop, drum n' bass e outros géneros musicais, ao recinto instalado na praia do Relógio, junto ao molhe norte do porto da Figueira da Foz.
Marco Azevedo, da Sociedade Lusa de Espetáculos, empresa do grupo Braver produtora executiva do RFM Somnii, explicou que "era importante fazer uma alteração", porque o festival teve "anos de grande crescimento, mas houve uma estagnação desse crescimento nos últimos dois anos".
"A música eletrónica de dança deixou de ser tão importante quanto era. Houve períodos em que chamava muita gente, mas agora já chama menos pessoas. Temos sucesso na mesma, mas queremos chamar outros públicos", observou Marco Azevedo.
"Fomos buscar artistas que não são apenas de música eletrónica de dança e isso tem-se refletido nas nossas vendas, estamos a vender mais bilhetes", acrescentou, argumentando que a organização espera receber cerca de 125 mil pessoas, durante os três dias do Somnii.
Questionado pelos jornalistas sobre o custo do festival, Marco Azevedo estimou o investimento global em cerca de três milhões de euros, especificando que o investimento no cartaz de artistas duplicou face a 2018 e acresceu cerca de 40% na produção do próprio evento.
O palco principal do recinto tem como cabeças de cartaz, no dia 5 de julho, os DJ e produtores de EDM Afrojack e Alesso (que regressa à Figueira da Foz onde atuou em 2014) e ainda Fedde le Grand, Radical Redemption, Vigel e Zanova, enquanto os DJ RFM Rich & Mendes encerram, como habitualmente, cada uma das três noites do evento.
A 06 de julho os destaques são DJ Snake (outro regresso) e o cantor porto-riquenho de reggaeton Ozuna, num dia em que atuam ainda Netsky, Redfoo, Jay Hardway, Mastiksoul e Magnificence.
O último dos três dias do RFM Somnii terá como cabeças de cartaz Don Diablo (que também volta ao festival onde atuou em 2016) e o rapper norte-americano Tyga e um alinhamento que inclui ainda Jonas Blue, Third Party, James Hype, Lost Kings e Lvndscape.
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