"Há seis anos, a minha vida, a vida dos meus filhos, as vidas daqueles que me são mais próximos, as vidas das pessoas que por muitos muitos anos me apoiaram e acreditaram em mim, mudaram para sempre. Tudo isto num abrir e fechar de olhos.", começa o ator no comunicado partilhado na sua conta de Instagram.
"Alegações falsas, muito sérias e criminosas foram-me dirigidas através dos media, o que espoletou uma enchente interminável de conteúdo de ódio, embora nunca me tivessem acusado de nada", continua o ator, acrescentando: "as alegações deram a volta ao mundo duas vezes num nanosegundo e tiveram um impacto sísmico na minha vida e na minha carreira".
"E seis anos depois, o júri devolveu-me a vida. Sinto-me verdadeiramente grato", prosseguiu.
"A minha decisão de avançar com este caso, sabendo muito bem a magnitude dos obstáculos jurídicos que eu iria enfrentar e a exposição mundial inevitável à minha vida, foi apenas tomada após reflexões consideráveis", sublinhou.
"Desde o início, o objetivo de avançar com este caso era revelar a verdade, independentemente do resultado. Dizer a verdade era algo que eu devia aos meus filhos e a todos os que se mantiveram irredutíveis ao apoiar-me. Sinto-me em paz por saber que finalmente alcancei isso", refletiu o ator.
"Estou e tenho estado esmagado pela demonstração de amor e o apoio colossal e a bondade um pouco por todo o mundo. Espero que a minha luta por revelar a verdade tenha ajudado outros, homens ou mulheres, que se tenham encontrado na minha situação, e que aqueles que os apoiam nunca desistam. Também espero que o estado volte agora a 'inocente até prova em contrário', dentro do tribunal e nos media", assumiu.
"Quero reconhecer o nobre trabalho da Juíza, dos jurados, dos funcionários do tribunal e dos Xerifes, que sacrificaram o seu próprio tempo para chegar a este ponto, e da minha equipa legal diligente e inabalável, que fez um trabalho extraordinário em ajudar-me a partilhar a verdade", escreveu o ator.
O comunicado termina dizendo que "o melhor está para vir e um novo capítulo finalmente começou", com a citação em latim "veritas numquam perit" e com a frase "a verdade nunca morre".
O veredito
O júri considerou hoje que o Johnny Depp conseguiu provar de forma clara e convincente que as declarações de Amber Heard no seu artigo de opinião sobre violência doméstica no Washington Post eram falsas e escritas com intenção maliciosa. Ou seja, teve a intenção de difamar.
Em vez dos 50 milhões pedidos por Depp, o júri decidiu que a atriz terá de pagar ao ex-marido 10 milhões de dólares em danos compensatórios e cinco milhões em danos punitivos (valor que a juíza reduziu para 350 mil dólares, o limite para danos punitivos no estado da Virginia).
No caso do processo de difamação de 100 milhões colocado por Amber Heard, o júri deu razão à atriz só numa das seis perguntas sobre se as alegações feitas em declarações de Adam Waldman, advogado de Johnny Depp, eram feitas em nome do ator e se eram falsas e/ou feitas com malícia, atribuindo à atriz uma indemnização de dois milhões de dólares.
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