Lenny Kravitz foi o protagonista esta sexta-feira (17 julho) na Praia do Cabedelo. O cantor de 51 anos encheu o MEO Marés Vivas e não desiludiu. Mas os Buraka Som Sistema é que abanaram o Cabedelo.
O fio condutor do artigo é um pequeno grupo de festivaleiros que aproveitou os concertos de várias formas, sempre num 'cantinho' do recinto.
Lenny Kravitz, a melhor cartada
Noite fresca e recinto cheio, foi neste ambiente que Lenny Kravitz subiu ao palco do MEO Marés Vivas em Vila Nova de Gaia, depois de ter passado a tarde na outra margem.
Mal entrou em palco, o nova-iorquino conseguiu conquistar o público - quem é que não fica rendido a um início de concerto com "It Ain't Over 'Til It's Over" e "American Woman"?
Depois a coisa abrandou e arrefeceu com alguns momentos instrumentais, em que, em conversas paralelas, se ouvia os festivaleiros a comentar "já chega, canta".
E chegou mesmo. Depois de um longo momento de melodias dos instrumentistas, o concerto acelerou e explodiu. Lenny Kravitz saiu do palco, abriu um corredor no meio do público - a fazer lembrar uma passagem bíblica - e cantou de uma varanda quase no fundo do recinto do palco principal.
Durante o concerto, o cantor deixou ainda um desejo: "Quero mudar-me para cá! Eu ia perder a cabeça, se viesse viver para aqui. Só precisava de um pequeno apartamento para poder viver com uma bonita mulher portuguesa".
Apesar da animação geral, no fundo do recinto, um pequeno grupo jogava às cartas, completamente alheios ao que se passava no palco principal. Ma vá, jogar cartas ao som de Kravitz não é para todos.
"Believe", "Always on the run","Fly away" "I belong to you" e "Are you gonna go my way" não ficaram de fora do alinhamento do concerto memorável de Lenny Kravitz.
Do jogo de cartas ao kuduro
A noite fechou com os Buraka Som Sistema e podemos resumir o concerto a duas palavras: festa e loucura. As duas margens do Douro abanaram - quase literalmente - com o kuduro electrónico.
Durante mais de uma hora, festivaleiros, staff, os meninos e meninas dos brindes e por aí fora dançaram sem parar e, como diria Ivete Sangalo, levantaram poeira.
Se no concerto de Lenny Kravitz o grupo de festivaleiros estava sentado a jogar cartas, durante Buraka não pararam um segundo, chegando a ser o centro das atenções pelas danças tolas - vá, as camisolas com cores fortes e fluorescentes também ajudaram.
Uma noite que começou calma com Kika e Miguel Araújo, mas que acabou no expoente máximo da festa. É isto um festival.
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