A exposição está dividida em três partes: no primeiro grupo, telas de grande dimensão abordam a passagem do tempo; no segundo, a pintora dá a conhecer locais e caminhos da sua biografia; e, no terceiro, recupera quadros realizados durante uma residência artística na Noruega, junto de uma região piscatória, no ano passado.
"Não é só uma exposição. É um projeto alargado que pretende alertar consciências para a perda da identidade cultural", escreve na apresentação da exposição a curadora Isabel Vaz Marques.
"A mensagem é a restauração de ligações que são tão importantes neste período de mudanças culturais e psicológicas. A sua preocupação é a saída de populações dos seus locais tradicionais, abandonando o seu património cultural", acrescenta a curadora.
Patrícia de Herédia explica que esta oportunidade surgiu depois de um colecionador norte-americano, Samuel Cooperman, adquirir dois quadros seus, numa visita a Portugal.
"Pouco tempo mais tarde soube que apresentou o meu trabalho ao Atelier Art Exhibit Space, que me fez a proposta para realizar a exposição que está neste momento a decorrer", explicou a pintora à agência Lusa.
Patrícia de Herédia, de 43 anos, vive em Carcavelos, onde tem o seu atelier.
Frequentou os cursos de pintura, história de arte e desenho de modelo na Escola de Arte ArCo, em Lisboa, e expõe regularmente desde 2007.
Os seus trabalhos estão em coleções públicas e privadas em Portugal e em países como França, Reino Unido, Austrália e EUA.
Em Portugal, o seu trabalho poderá ser visto no espaço da Fundação PT, em Lisboa, ainda este ano.
"Forget me not" deverá ser visto em Washington, nos EUA, e em Sula-Frøya e Trondheim, na Noruega, no próximo ano.
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