A Quetzal vai lançar “Less”, do norte-americano Andrew Sean Greer, romance sobre um homem com uma carreira literária discreta que, perante a humilhação do casamento do seu ex-namorado, decide aceitar todos os convites irrelevantes que deixou pendentes, envolvendo-se em aventuras e episódios cómicos, e que valeu ao seu autor o Prémio Pulitzer para ficção.

A mesma chancela vai publicar também “Romanceiro Cigano seguido de Pranto por Ignacio Sánchez Mejías”, de Federico García Lorca, em edição bilingue, traduzida por Vasco Graça Moura, e reeditar “A Ilíada”, de Homero, com tradução de Frederico Lourenço, e “O canto nómada” de Bruce Chatwin.

Outro livro premiado a chegar este mês às livrarias, pela Porto Editora, é “Milkman”, de Anna Burns, vencedor do Man Booker e que, mais do que uma história sobre os conflitos na Irlanda do Norte nos anos 1970 do século passado, é uma narrativa sobre assédio e sexualidade, mexericos e boatos, sobre o silêncio e não querer ouvir, sobre a inércia dos homens e as suas consequências.

“Leonardo da Vinci”, de Walter Isaacson, é a biografia do génio Renascentista, escrita a partir de milhares de páginas dos cadernos que o pintor manteve ao longo da vida e das mais recentes descobertas sobre a sua obra, uma publicação também da Porto Editora.

“A Transparência do Tempo”, o novo romance do escritor cubano Leonardo Padura, “História de uma baleia branca”, a nova fábula juvenil de Luis Sepúlveda, ilustrada por Paulo Galindro, e “As mais belas coisas do mundo”, de Valter Hugo Mãe, uma edição em grande formato, ilustrada pelo artista plástico brasileiro Nino Cais, são outras das publicações daquela editora.

Entre as novidades editoriais de maio, destaca-se também, pela Elsinore, o livro de contos “Um Homem de Sorte”, de James Brinkley, uma estreia literária norte-americana, que levou o seu autor a finalista do National Book Award de 2018.

O romance biográfico “A Travessia de Benjamim”, de Jay Parini, ambientado na Segunda Guerra Mundial e no Holocausto, e “Rapariga Encontra Rapaz”, de Ali Smith, que reescreve Ovídio e o mito de Ífis, são as outras publicações da Elsinore.

Na Cavalo de Ferro, sai “As Forças Estranhas”, de Leopoldo Lugones, um livro de contos que inaugura o género fantástico na literatura sul-americana e que vai estar pela primeira vez disponível em Portugal.

Os romances “Os Deuses Têm Sede”, de Anatole France, “A Morte É um Acto Solitário”, de Ray Bradbury, e “A Lotaria e Outras Histórias”, livro de contos de Shirley Jackson, são outras novidades da Cavalo de Ferro.

A D. Quixote vai publicar um novo romance de Mário Cláudio, “Tríptico da Salvação”, e o primeiro livro de poesia de Lídia Jorge, “O livro das tréguas”, uma seleção de 50 dos poemas que a escritora escreveu e nunca publicou.

“As crianças invisíveis”, de Patrícia Reis, “O Último Minuto na Vida de S.”, de Miguel Real, e “O Escândalo do Século”, de Gabriel García Márquez, são outras novidades da D. Quixote.

Ainda no grupo editorial Leya, mas pela chancela Casa das Letras, vai chegar às livrarias “Pratas Conquistador - A História Desconhecida de um Charlot Português”, de Paulo M. Morais, que dá a conhecer a existência, em 1917, de um realizador português que chegou a realizar um filme que está, ao fim deste tempo todo, na Cinemateca.

“Sabes que queres isto”, livro de contos de Kristen Roupenian, que inclui “Amante de gatos” (“Cat Person”), o conto mais lido da The New Yorker, e que será adaptado a série televisiva pela HBO, é uma das novidades da Relógio d’Água para este mês.

A Relógio d’Água planeia ainda lançar ao longo do mês “Trajectos Filosóficos”, de José Gil, “As Superpotências da Inteligência Artificial”, de Kai-Fu Lee, um dos mais conceituados especialistas mundiais em inteligência artificial (IA), que revela como subitamente a China está a alcançar os Estados Unidos nesta corrida, “Memórias, Sonhos, Reflexões”, antologia de artigos e entrevistas de Carl Gustav Jung, e “Superinteligência”, de Nick Bostrom, são outras das novidades em destaque.

Ainda na mesma editora, é esperada a publicação de “A Balada do Medo”, de Norberto Morais, “Topologia da Violência”, um ensaio de Byung-Chul Han, autor de “A Sociedade do Cansaço”, que procura expor as novas formas de violência que se ocultam sob o excesso de positividade, e “Provocações”, uma antologia de Camille Paglia.

“Chico Caramelo e as Suas Ferramentas”, de Chris Monroe, em breve uma série da Netflix, “Saberás Quem Sou”, de Megan Abbott, um ‘thriller’ sobre a família, que se desenrola na hipercompetitiva arena da ginástica, que será também adaptado à televisão, “A Cortina da Senhora Lugton”, de Virginia Woolf, e “Parti/A Casa”, de Agustina Bessa-Luís, com prefácio de António Preto, completam as novidades da Relógio d’Água.

A Tinta da China vai repor nas livrarias “O Adversário”, de Emanuel Carrère, com nova tradução, de Ana Cardoso Pires, “Do Éden ao Divã: Humor judaico”, uma antologia de humor judaico, organizada por Moacy Scliar, Patricia Finzi e Eliahu Toker, “Retratos com Erro”, de Eucanaã Ferraz, na coleção de poesia dirigida por Pedro Mexia, e “O Pássaro da Perfeição”, de Sérgio Sant’Anna, um conjunto de contos escolhidos por Gustavo Pacheco, numa seleção inédita feita a partir de todos os livros do autor.

Este é também o mês da publicação do terceiro número da Granta em Língua Portuguesa, cujo tema é “Futuro”, agora publicada em simultâneo em Portugal e no Brasil, com uma nova direção assegurada por Pedro Mexia (Portugal) e por Gustavo Pacheco (Brasil), e direção de imagem de Daniel Blaufuks.

A Alfaguara edita o mais recente livro do francês Michel Houellebecq, “Serotonina”, romance que tem sido apontado como uma das leituras que previram o movimento dos coletes amarelos.

Michele Houellebecq foi anunciado na quarta-feira como o vencedor do Prémio de Literatura Europeia.

A Alfaguara vai ainda reeditar “Coração tão branco”, de Javier Marias, enquanto a Companhia das Letras, outra chancela do mesmo grupo editorial (Penguin Random House), reedita “Anatomia dos mártires”, de João Tordo.