"Agradeço à comunidade internacional por ter salvado as nossas vidas", disse em estado de choque Shogula Safi, uma das estudantes de música afegãs, ao descer do avião no aeroporto militar de Lisboa.
Isso “vai permitir-nos continuar a fazer música e deixa-se muito feliz”, acrescentou Murtaza Mahammadi, um dos músicos do grupo de refugiados formado por muitos alunos e professores do Instituto Nacional de Música do Afeganistão (Anim).
Estes artistas, inicialmente recebidos pelo Catar, fugiram do Afeganistão no início de outubro, onde temiam ser vítimas de represálias dos talibãs que, durante o seu primeiro governo, entre 1996 e 2001, baniram a música.
Em Portugal, um dos seus objetivos é abrir "em breve" o Instituto Nacional de Música do Afeganistão, disse Ahmad Naser Sarmast, diretor desta escola.
"Temos uma missão importante, perpetuar a música afegã", acrescentou.
Portugal recebeu até agora 764 refugiados afegãos, a maioria jovens, disse o governo português.
No mês de outubro, Portugal recebeu dezenas de jogadoras da seleção nacional feminina de futebol, com as suas famílias.
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