A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) considera que foram violados os limites de liberdade de programação pela TVI. Em causa estão os incidentes que marcaram a terceira edição do reality show, em 2012.
"Os concorrentes utilizam uma linguagem vernacular, o que é referido em diferentes queixas dirigidas à ERC", explica a entidade reguladora, frisando que foi realizada uma análise à "linguagem e violência verbal", à "violência conjugal", à "violência e ameaças à integridade física" e à "sexualidade e nudez" presentes no programa.
"Não obstante a colocação de 'pis' e da punição feita pela 'Voz' ao uso da linguagem brejeira e imprópria, são percetíveis alguns dos termos proferidos pelos concorrentes", sublinha a ERC, que considera que "as ofensas entre os participantes são amplamente exploradas pela produção do programa através dos desafios que cria incitando à discórdia e à discussão".
"A linguagem usada em algumas conversas descritas e o seu conteúdo implícito sexual poderão influir negativamente as mentes mais sensíveis, designadamente crianças e adolescentes, levando os mesmos a acreditar que tais comportamentos são os praticados commumente na sociedade, estimulando a adoção de condutas similares", defende a Entidade Reguladora para a Comunicação Social.
Em resposta, a TVI advoga que a ERC não tem "razão para qualificar os conteúdos em análise referentes ao programa 'Casa dos Segredos 3' como suscetíveis de influir negativamente na formação da personalidade de crianças e adolescentes".
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