Os organizadores do Festival Eurovisão da Canção revelaram que a edição de 2018, em Lisboa vão participar artistas de 42 países, incluindo a Rússia, que ficou de fora este ano depois de uma polémica diplomática com a Ucránia.
Em março, Julia Samoilova, concorrente escolhida pela Rússia para representar o país no Festival Eurovisão da Canção, foi proibida de entrar na Ucrânia, ficando impedida de participar no certame que decorreu em Kiev.
Em comunicado, a televisão pública ucraniana, defendeu que a cantora não poderia subir ao palco da Eurovisão em maio porque, de acordo com as informações dos serviços de segurança, atuou "ilegalmente" na Crimeia após "a ocupação da região pela Rússia".
"O Serviço de Segurança da Ucrânia proibiu a cidadã da Federação Russa Julia Samoylova de entrar no país por um período de três anos", escreveu Olena Gitlianska, porta-voz das autoridades ucranianas, no Facebook.
Esta não foi a primeira vez que existe tensão entre os dois países na Eurovisão. Em 2016, a concorrente ucraniana, Jamala, apresentou "1994" no festival, canção sobre a história dos seus avós, que foram deportados da Crimeia para a Sibéria na era de Estaline. A cantora acabou por vencer a edição de 2016 com o tema dedicado aos milhares de muçulmanos que não conseguiram sobreviver à travessia até à Ásia Central.
A Rússia, que anexou a Crimeia em março de 2014, viu na vitória ucraniana “subentendidos políticos” e protestou contra a participação do país no festival.
A 63ª edição do Festival Eurovisão da Canção vai realizar-se no Parque das Nações, espaço que incluiu várias infraestruturas e onde se insere a Altice Arena, em Lisboa, a 8, 10 (semifinais) e 12 (final) de maio de 2018.
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