São líderes das manhãs da televisão portuguesa, conquistaram audiências surpreendentes com uma «Uma Canção para Ti» e foram eleitos os melhores apresentadores do ano pelos leitores da TV 7Dias.
«Não podemos menosprezar os adversários», é o lema de Manuel Luís Goucha e Cristina Ferreira, a dupla mais famosa da TVI.
«Uma Canção para Ti» foi uma vitória em toda a linha em termos de audiências. Os resultados eram esperados?
Cristina Ferreira: Sou sincera. No início achávamos que não. Era a 4ª edição, o formato era o mesmo e tínhamos a Bárbara Guimarães (SIC) melhor do que nunca. A Bárbara esteve fantástica no «Portugal tem Talento». Portanto, tínhamos um programa novo como concorrente. Enquanto nós só tínhamos cantores, a concorrência tinha dança, música, tudo e mais alguma coisa. Mas conseguimos dar a volta. Acho que eu e o Manel conseguimos imprimir um cunho pessoal àquele programa e foi muito saboroso ver que de domingo para domingo íamos crescendo. Mas os grandes protagonistas foram os miúdos, sem dúvida. Todos dizem que foi a melhor edição de sempre ao nível de talento no programa «Uma Canção para Ti».
Também se mantêm líderes de audiências nas manhãs da TV, mesmo com a mudança da Júlia Pinheiro para a SIC...
Manuel Luís Goucha (MLG): Não menosprezemos o adversário! Também demorámos 4 anos a tornar as manhãs da TVI líderes. Os espectadores dos programas de companhia estão muito habituados à marca e à personalidade dos apresentadores. Primeiro, as pessoas estranham o facto de a Júlia ter mudado de canal. Depois, como a concorrência está muito forte, tanto a nossa como a da RTP com a «Praça da Alegria» com o Jorge Gabriel e a Sónia Araújo, é natural que as coisas demorem o seu tempo.
Mas as audiências da SIC têm sido baixas...
MLG: Isso não quer dizer que não possa mudar. Mas só o facto de a Júlia ser tão boa como é, tão experiente neste tipo de público, faz com que nos mexamos também muito. Temos introduzido coisas quase diariamente no programa e há uma outra energia, um outro ritmo.
Esperava um combate mais renhido?
MLG: Não, estava à espera que as coisas não fossem fáceis no início para a Júlia. Nunca terá passado pela cabeça da Júlia que chegava lá e limpava a manhã em três tempos. Ela própria sabe que isto é uma maratona. É verdade que as audiências têm sido muito baixas, mas volto a dizer: não menosprezemos o adversário! E não digo o inimigo, porque, tal como dizia o Churchill, o inimigo está dentro da nossa casa, não está fora.
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