Catorze episódios, divididos em duas partes de sete títulos, vão ser exibidos até ao final de junho de 2015, para pôr fim às aventuras sentimentais e profissionais de um grupo de publicitários de Nova Iorque liderados pelo carismático Don Draper, vivido por Jon Hamm.

O criador da série, Matthew Weiner, conhecido por dizer o mínimo sobre as intrigas que se seguem, indica numa entrevista ao site da rede que esta última temporada vai abordar "o mundo material e imaterial". "As coisas deste mundo, a ambição, o sucesso, o dinheiro e por contraste, aquilo que não é visto, a vida espiritual, interior", acrescentou. "Quando as nossas necessidades materiais são atendidas (...) o que há mais?", questiona.

Desde julho de 2007, "Mad Men" conta a cada ano o dia a dia da agência de publicidade Sterling Cooper, onde se cruzam, num contexto histórico, os destinos de Peggy Olson (Elisabeth Moss), Joan Harris (Christina Hendricks), Roger Sterling (John Slattery) e Pete Campbell (Vincent Kartheiser), entre outros.

A série, que ganhou dezenas de prémios, ganhou o Emmy de Melhor Série Dramática para cada uma de suas quatro primeiras temporadas.

Uma reconstituição histórica inatacável

"Mad Men" tem sido particularmente aclamada poela sua reconstituição histórica e pela beleza de seus adereços que refletem o estilo da época, como a propensão das personagens para beber e fumar incessantemente.

O último episódio da sexta temporada, que foi visto por 2,6 milhões de pessoas, terminou na época de Ação de Graças do ano de 1968. Don Draper termina desempregado, quase divorciado e em conflito com a sua filha, após ter revelado o segredo sombrio que recheou as temporadas anteriores.

A sétima temporada falará "das consequências do que Don Draper fez nas últimos seis temporadas", explica Weiner, também argumentista e produtor da série. "Quando queres mudar, como é que isso afeta os outros?", pergunta. "Ele vai consertar boa parte dos danos que causou", revela o ator Jon Hamm numa entrevista à revista Rolling Stone.

Um recente encontro entre críticos televisivos norte-americanos trouxe algumas novas pistas. A nova temporada terá lugar na costa este e oeste dos Estados Unidos. "A série começou em 1960, quando Nova Iorque era o centro não só dos Estados Unidos, mas do mundo", conta Matthew Weiner, e vai mostrar "a ascensão da Califórnia, que se tornou o centro cultural do país no final dos anos 1960".

O argumentista ainda tem e escrever cinco episódios, mas já se sabe para onde vai com sua a equipa, à qual se juntou o argumentista Robert Towne, vencedor de vários Ócares, incluindo em 1974 por "Chinatown", de Roman Polanski. A ação deve passar-se em 1969, se acreditarmos no "estilo Midnight Cowboy" de uma personagem que pode ser vista no site Slate.

O criador da série também indicou ao site Vulture que os anúncios que mostram os atores num aeroporto "não têm nada a ver com o enredo". "Estas fotos são só pose, ou como dizem na série, apenas publicidade", garante.

@AFP