«Foi um programa de uma qualidade extraordinária», diz a apresentadora, que se prepara já para o Festival da Canção.

Que balanço que faz desta Operação Triunfo ?
Nem sempre as audiências foram gratas connosco, mas acho que temos um programa com uma qualidade extraordinária. A gala final de 22 de Janeiro foi a prova disso.

A que se deverá essa «ingratidão» dos telespectadores?
Acho que não tem a ver com a Operação Triunfo, mas sim com o mercado actual e com as escolhas dos espectadores.
Quando as audiências são divididas entre futebol e telenovelas é muito difícil tentar combater esta realidade, que é a realidade do país. Mas acho que o José Fragoso (director de Programas da RTP) faz bem quando aposta em projectos diferentes. Não vamos agora consumir só futebol e novela durante 24 horas por dia... Seria uma pobreza de espírito.

Estava a contar que o grande vencedor do concurso fosse o Jorge?
O Jorge foi uma grande surpresa, mas acho que ele trabalhou para vencer, teve um apoio titânico e é uma excelente pessoa. Fico feliz por ele. Também tinha grandes expectativas em relação ao Diogo, que esteve mais uma vez brilhante na final, mas que não conseguiu o 1º lugar. Fico com pena dele.

A votação do público foi justa?
Quando chegamos à final, com esta cumplicidade entre finalistas e a cantar como eles cantam, é um bocadinho como deitar à sorte...

Em termos pessoais, o que diferenciou esta Operação Triunfo da edição anterior (2007)?
Foi uma OT mais pessoal, estive mais envolvida. Sentia-a mais minha, estive mais presente, mais entregue. Vivi o projecto de forma mais genuína. Estive com os candidatos emocionei-me com eles e até já sinto a falta deles.

E novos projectos?
Vou apresentar em Évora, no dia 5 de Fevereiro, o espectáculo especial da Operação Triunfo, depois vou ter um mês de pausa e em Março regressarei para o Festival da Canção.

(Texto: Inês Costa / Foto: Bruno Raposo)