O Óscar de Melhor Filme Estrangeiro (ou mais corretamente de Melhor Filme de Língua Não Inglesa, uma vez que é condição essencial a película não ser falada em inglês) é atribuído anualmente durante a cerimónia de entrega das estatuetas douradas, promovida pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. O leque de selecionados é efetuado a partir dos filmes propostos à organização por cada país, que escolhe uma película que o represente.
Em Portugal, até agora, essa tarefa cabia ao Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA) e passará a partir deste ano a ser da responsabilidade da Academia Portuguesa de Cinema, criada em julho de 2011, tendo em conta os critérios estabelecidos pela entidade americana.
Em comunicado enviado à imprensa,
Paulo Trancoso, presidente da direção da Academia, congratulou-se ao receber a notícia, referindo que «numa altura tão difícil como a que o cinema português atravessa, este convite representa um enorme estímulo para todos os que trabalham cinema em Portugal». E sublinha ainda que «o cinema português só pode evoluir se for promovido por profissionais competentes, e apreciado pelos espectadores».
A Academia Portuguesa de Cinema é uma associação sem fins lucrativos, cuja principal missão «é aproximar o cinema português dos portugueses e promover o cinema nacional no mundo. O seu objetivo é fomentar a criatividade e melhorar as competências dos profissionais de cinema, através de intercâmbios culturais, nacionais e estrangeiros, participação em festivais e organização de ações de formação e conferências».
Em 2012, a Academia instituiu os Prémios Sophia (em homenagem à poetiza Sophia de Mello Breyner Andresen), que pretendem ser os equivalentes nacionais aos Óscares, Bafta ou Goya, com as categorias de Melhor Filme, Realizador, Ator e Atriz, Banda Sonora, Fotografia, Argumento Original e Adaptado, Curta-Metragem, Documentário e Filme Estrangeiro.
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