A caminho dos
Óscares 2023
Jerrod Carmichael foi anunciado como o anfitrião da próxima cerimónia dos Globos de Ouro.
O comediante e ator ganhou popularidade com o filme "Má Vizinhança" em 2014 e ainda nesse ano teve o seu primeiro programa especial na HBO, "Love at the Store".
Foi um dos criadores, argumentistas, produtores e protagonistas da comédia com contornos auto biográficos "The Carmichael Show", exibida ao longo de três temporadas entre 2015 e 2017 pelo canal NBC, o mesmo dos Globos. Com "On the Count of Three" (2021), apareceu à frente das câmaras e estreou-se como realizador.
"Estamos muito entusiasmados por ter Jerrod Carmichael como anfitrião da histórica 80.ª edição dos Globos de Ouro. Os seus talentos cómicos divertiram e emocionaram o público, ao mesmo tempo que proporcionaram momentos de provocação e reflexão que são tão importantes nos tempos em que vivemos. O Jerrod é o tipo especial de talento que este programa exige para iniciar a temporada de prémios", destacou no comunicado oficial Helen Hoehne, presidente da Associação de Imprensa Estrangeira em Hollywood (HFPA, pela sigla original).
Considerados um dos mais importantes pontos de paragem da temporada pré-Óscares, os Globos de Ouro, com prémios para cinema e televisão, voltarão a ter transmissão televisiva a 10 de janeiro de 2023, uma terça-feira e não num domingo, como era tradição. As nomeações serão conhecidas na segunda-feira, 12 de dezembro.
Nos últimos dois anos, a associação tem sido alvo de duras críticas por parte da indústria cinematográfica, sobretudo desde a divulgação de uma investigação do jornal norte-americano Los Angeles Times, em 2021, que levantava dúvidas sobre o funcionamento e conduta ética daquela organização.
Na investigação, o jornal traçava uma imagem de atuação duvidosa da associação, protecionista dos seus membros e desligada da realidade, denunciando que os membros recebiam remunerações avultadas, cuja proveniência não era transparente, e nem todos eram efetivamente jornalistas.
A associação também foi criticada pela falta de diversidade nas escolhas dos nomeados para os prémios, atribuídos pela primeira vez em 1944.
Em janeiro, os prémios foram anunciados sem qualquer cerimónia televisiva nem a presença de celebridades, com a associação a admitir uma profunda reforma, alterando procedimentos e códigos de conduta, para responder às críticas de corrupção e falta de diversidade.
O evento privado de 100 minutos sem intervalos, que procurou destacar "o trabalho filantrópico de longa data" da HFPA, com representantes de organizações de beneficência a anunciarem os vencedores, posteriormente divulgados apenas nas redes sociais.
A lista foi liderada pelas produções "O Poder do Cão" (filmes de drama) e "West Side Story" (comédia ou musical), com os estúdios e cineastas premiados a evitarem comemorar publicamente.
Segundo a organização, foram adicionados 103 novos votantes nos meses mais recentes, que passa a ser formada por 52% de mulheres e "51.5% de diversidade racial e étnica".
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