Brad Pitt vai reencontrar Quentin Tarantino pela terceira vez.

O ator norte-americano de 60 anos deverá fazer parte do elenco de "The Movie Critic" ("O Crítico de Cinema", em tradução literal), o anunciado décimo e último filme do cineasta, segundo a notícia avançada pelo The Hollywood Reporter na quinta-feira à noite.

Os dois já trabalharam juntos em "Sacanas Sem Lei" (2009) e "Era Uma Vez... em Hollywood" (2019), que valeu a Pitt o Óscar de Melhor Ator Secundário.

Ainda não se sabe se o acordo está assinado, mas a agenda do ator está preenchida com a produção de um filme para a Apple que se passa no mundo da Fórmula 1 realizado por Joseph Kosinski ("Top Gun: Maverick"), o que "empurra" a produção de Tarantino para a parte final do ano ou o início de 2025.

A história de "The Movie Critic" decorre em 1977 no sul da Califórnia e inspira-se num homem que escrevia para uma revista pornográfica que Tarantino lia na adolescência.

Durante o Festival de Cannes de 2023, o realizador não quis indicar como se chamava a publicação, mas disse que se vai chamar "The Popstar Pages" no seu filme.

"Ele escrevia sobre filmes de grande público e e era o crítico de segunda linha [da publicação]. Acho que era um crítico muito bom. Era profundamente cínico. As suas críticas eram um cruzamento entre um Howard Stern da fase inicial e o que poderia ter sido o Travis Bickle [a personagem de Robert DeNiro em "Taxi Driver"] se fosse um crítico de cinema. [...] Era muito, muito divertido. Era muito rude. Usava palavrões, termos raciais", contou.

O Deadline também confirmou a notícia do terceiro filme da dupla e acrescenta que o papel de Pitt deverá ser o do "crítico de cinema".

No entanto, Tarantino avançava em Cannes que ninguém do seu grupo habitual de atores encaixava na idade pretendida e tanto Leonardo DiCaprio como Brad Pitt eram demasiado velhos para o papel.

"Ainda não decidi, mas vai ser alguém à volta dos 35 anos. Sem dúvida que vai ser um novo protagonista para mim", dizia, antes de acrescentar que tinha "a ideia de alguém que consigo imaginar a fazê-lo muito bem", mas não tinha a certeza se lhe devia dar o papel e queria ver outros atores.

Considerando "Kill Bill" apenas um filme dividido em duas partes, Tarantino mantém a intenção de abandonar o cinema após fazer dez filmes.