A equipa do filme "Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos" denunciou na passadeira vermelha de Cannes o "genocídio indígena" no Brasil, com cartazes em vários idiomas.

A produção da brasileira Renée Nader Messora e do português João Salaviza, exibida na mostra "Un Certain Regard", foi filmada na comunidade Krahô, no estado de Tocantins, durante nove meses.

Os dois cineastas, assim como os protagonistas do filme, Ihjãc Krahô e Koto Krahô, e os produtores compareceram à exibição com roupas pretas e cartazes de protesto.

"Pelo fim do genocídio indígena" e "Demarcação já", afirmavam os cartazes em português, inglês e francês.

O protesto responde à mobilização de líderes indígenas no Brasil, que acusam o governo do presidente Michel Temer de negar-se a demarcar as terras indígenas e favorecer os empresários rurais.

Numa entrevista à AFP, Renée Nader Messora e João Salaviza criticaram o "perigoso discurso" político atual que "nega" aos índios a sua condição simplesmente porque adotam costumes ocidentais, como usar roupas ou ter um telemóvel.

"Ser indígena é um modo de ser e não de aparentar", declarou Salaviza.

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