Os visitantes poderão participar na
«Festa do OZtobre», comer
«TacOZ» nos restaurantes, para além de poderem ir a museus, cabeleireiros, livrarias e outras lojas temáticas inspiradas no lendário filme.

A cidade aproveita-se da sua localização, no coração rural do Kansas, o local escolhido pelo escritor
L. Frank Baum para situar o seu romance tornado icónico após a adaptação cinematográfica com
Judy Garland.

O filme, dirigido por
Victor Fleming e que narra a história de uma menina transportada para um mundo de sonhos chamado Oz, foi mostrado pela primeira vez numa sessão de antestreia há exactamente 70 anos e continua a cativar públicos de todas as idades.

Aproveitando a efeméride, o povo do Wamego não quis perder a oportunidade de atrair ainda mais turistas.

Na cidade, Dorothy, a heroína interpretada por Judy Garland, pode ser vista em t-shirts, copos e cartazes. Mas a «Oz-mania» não pára por aí. O cabeleireiro da localidade chama-se «Ahhhhz» e o restaurante mexicano do sítio não oferece «TacOZ» em vez dos habituais tacos vindos do México.

A rua principal de Wamego mudou também o seu nome para «Road to Oz».

Para além disso, tal como a personagem principal, Dorothy, é possível percorrer um caminho feito de tijolos amarelos em torno da cidade, mas com uma diferença: em Wamego, a estrada termina no museu
«O Feiticeiro de Oz».

O local é casa para 25 mil peças relacionadas com o filme como, por exemplo, um vestido usado por Judy Garland no filme bem como bonecos, cartazes ou o livro, disponível em 46 idiomas.

«Graças a Oz, tornamo-nos um destino turístico», explica Mercedes Michalowski, directora do museu. «Somos agora mais que um sinal por onde se passa na estrada», acrescenta.

Desde o início do ano, mais de três mil visitantes já vieram à cidade, um número superior a todo o ano de 2008. Sendo assim, o 70º aniversário do filme, faz com que a população da cidade espere ainda maior afluência no final do ano, altura em que decorrerá a festa «Oztobre».

É nesse período - uma brincadeira com o nome do mês de Outubro - que devem desembarcar os fanáticos pelo filme. Historiadores, coleccionadores e entusiastas são esperados por toda a cidade.

Ironicamente, o romance de L. Frank Baum, que fazia uma analogia sobre as dificuldades económicas dos agricultores do Kansas no final do século XIX, tornou-se um negócio muito rentável para Wamego.

Clark Balderson, o empreiteiro responsável pela transformação de Wamego em «Oz», não esconde seu entusiasmo.

Balderson conta que teve a ideia durante uma visita a Portugal, depois de alguém lhe ter perguntado se morava na casa de Dorothy. «Foi aí que percebi que todos associavam o Kansas a «O Feiticeiro de Oz», concluiu.

SAPO/AFP