Os últimos dias não têm sido fáceis para Quentin Tarantino, mas duas das atrizes mais importantes na sua carreira vieram em seu socorro.

Após o New York Times publicar imagens de um acidente de automóvel durante a fase final da rodagem de "Kill Bill" (2003-2004) que deixaram Uma Thurman com o pescoço "permanentemente lesado" e os joelhos magoados, bem como relatos de ter sido o realizador a cuspir na atriz e a estrangulá-la com uma corrente noutras cenas, surgiram muitas críticas aos seus métodos de trabalho e acusações de abuso de poder.

Tarantino descreveu o acidente como "um dos maiores arrependimentos" da sua carreira, além de "um dos maiores arrependimentos" da sua vida, confirmando que houve uma quebra de confiança que levou alguns anos a reparar entre ele e a atriz que considera a sua musa e tornou uma estrela com "Pulp Fiction" (1994), mas Uma Thurman culpou os produtores Lawrence Bender, E. Bennett Walsh e Harvey Weinstein por terem feito tudo para ocultar o que tinha acontecido.

Numa entrevista ao Deadline, o realizador defendeu as suas outras ações na rodagem, garantindo que, além de ter sido feitas de comum acordo, eram cenas complexas que só ele podia garantir que ficavam bem feitas.

Uma segunda atriz, Diane Kruger, acabou envolvida nesta polémica quando se soube que também tinha sido o realizador a estrangulá-la numa cena perto do final de "Sacanas Sem Lei" (2009), mas garante que este não "abusou do seu poder".

Manifestando o seu apoio a Uma Thurman, explicou aos seus seguidores nas redes sociais que teve uma excelente experiência e foi tratada com respeito.

"Face às recentes alegações feitas por Uma Thurman contra Harvey Weinstein e a sua terrível experiência de trabalho em 'Kill Bill', o meu nome tem sido mencionado em vários artigos em relação à cena do estrangulamento em 'Sacanas Sem Lei'", avançou no Instagram.

"Este é um momento importante na atualidade e a minha solidariedade vai para a Uma e quem quer que tenha sido vítima de ataques sexuais e abusos. Estou do vosso lado.", continuou.

"No entanto, oficialmente gostaria de dizer que a minha experiência profissional com Quentin Tarantino foi pura alegria. Ele tratou-me com o maior respeito e nunca abusou do seu poder ou me forçou a fazer algo com que eu não estivesse confortável".

Na mesma entrevista ao Deadline , o realizador defendeu o seu método de trabalho, explicando que "estrangulou" Diane Kruger com permissão depois de descrever que duraria 30 segundos e não seria feito mais do que uma vez (os dois acabariam por concordar em repetir). A justificação era evitar que parecesse uma cena típica de "estrangulamento de filme", pouco realista.

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