Johnny Depp e Marion Cotillard vão ser as estrelas de "The Libertine" [O Libertino], no que será o segundo filme a juntá-los depois de "Inimigos Públicos" em 2009.

O projeto, anunciado agora no Festival de Cannes, é inspirado pelo escândalo de Dominique Strauss-Kahn e dará uma perspetiva irónica do escândalo internacional que forçou em 2011 o então diretor-geral do Fundo Monetário Internacional a demitir-se depois de acusações de ter obrigado uma empregada de hotel a manter relações sexuais.

O ator vai interpretar um poderoso político francês sentenciado a prisão domiciliária enquanto aguarda julgamente por atacar sexualmente uma empregada de hotel.

Na vida real, o Ministério Público decidiu não avançar com o caso por causa de inconsistências nos depoimentos da empregada e o processo civil foi resolvido fora dos tribunais com um acordo.

O escândalo já inspirou "Bem-Vindo a Nova Iorque", um filme de Abel Ferrara em 2014, com Gérard Depardieu a interpretar uma personagem inspirada em Strauss-Kahn.

"The Libertine", que certamente vai ter um novo título uma vez que já existe um filme de 2004 com o mesmo título, curiosamente também protagonizado por Depp, vai ser realizado por Brett Ratner, no que será uma mudança de registo para quem fez filmes como "X-Men - O Confronto Final" (2006) e "Hércules" (2014).

É o próprio que reconhece em comunicado a estranha escolha.

"Todo o filme passa-se num local e nunca fiz isso antes. É um dos melhores argumentos que alguma vez li. As pessoas estão surpreendidas porque sempre fui um cineasta comercial e isto é um filme muito mais pequeno".