Vai chegar ao cinema a história do fatídico 15 de abril de 2019, o dia do incêndio da catedral de Notre-Dame em Paris que comoveu a França e o mundo.

"Notre Dame On Fire" [Notre Dame em chamas] vai ser apresentado aos potenciais investidores no mercado virtual de Cannes.

À frente estará o lendário Jean-Jacques Annaud, realizador de filmes como "A Guerra do Fogo", "O Nome da Rosa", "O Urso", "O Amante" e "Sete Anos no Tibete".

Descrito como um projeto "ambicioso", o argumento será de Thomas Bidegain, colaborador habitual do cineasta Jacques Audiard em filmes como "Um Profeta", "Ferrugem e Osso" e "Dheepan".

A rodagem deve começar antes do fim do ano e o estúdio Pathé partilhou imagens da visita do realizador a Notre-Dame na semana passada.

Símbolo de Paris e da França, mas também da identidade artística da civilização europeia, a catedral católica no centro da capital francesa foi edificada em 1163, iniciou a função religiosa em 1182, embora os trabalhos de construção tenham prosseguido até 1345.

Em declarações ao Deadline Hollywood, Annaud recorda que Notre-Dame "sobreviveu a guerras, é o local onde Napoleão foi coroado, o local onde De Gaulle festejou a libertação de Paris dos Nazis".

Descrevendo o projeto como um "thriller" emocional e comovente, o realizador diz que o dia fatídico é um daqueles momentos 'onde é que estavas' e tem os ingredientes de uma "história inacreditável", desde a demora na chegada do auxílio porque a catedral tem um estatuto tão grande como "símbolo mítico" na França que ninguém queria acreditar que estava arder, aos voluntários que colocaram a vida em risco para salvar os tesouros do seu interior.

Com um orçamento pelo menos superior a 30 milhões de dólares, o filme terá atores pouco conhecidos e irá combinar imagens reais do dia e recriação da ação em vez de recorrer aos efeitos gerados por computador.

Annaud indicou como referências "Apollo 11" (2019, Todd Douglas Miller), um documentário sobre a missão lunar, e "Voo 93" (2006, Paul Greengrass), que recriou em tempo real o voo da American Airlines que foi o único desviado pelos terroristas a 11 de setembro de 2001 que não atingiu o seu alvo (especula-se que seria a Casa Branca).

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