Pela primeira vez, a plataforma lançou um concurso de curtas-metragens, para dar visibilidade a criações "muito mais bem construídas do que [os tiktokers] costumam fazer" explica Angèle Diabang, cineasta senegalesa, membro do júri do #TikTokShortfilm, que entregou seus prémios na sexta-feira.
Claudia Cochet, atriz francesa de 34 anos e tiktoker assídua, ganhou o prémio de "melhor argumento" por uma peça de três minutos, "Princesse moderne".
"O TikTok dá-me liberdade criativa e um público" e "dá-me confiança para fazer as coisas por conta própria".
Para o concurso #TikTokShortfilm, esta criadora quis abordar um tema sério, que em princípio não condiz com o tom lúdico da plataforma: a violência contra a mulher.
Excecionalmente, a atriz filmou com uma câmara 16K. A sua criação não mostra violência física, e há poucas palavras, mas retrata muitos sinais do desconforto e da emoção em torno de uma jovem abusada que acaba por cometer algo irreparável para se defender.
O formato vertical do TikTok “permite-nos reinventar toda uma nova gramática visual”, explicou Camille Ducellier, realizadora francesa e membro do júri, durante a cerimónia de prémios.
Eric Garandeau, diretor do TikTok France, idealizador do concurso, disse que "dezenas de milhares de criadores" de 44 países participaram. O TikTok, diz, "leva-nos de volta às origens do cinema".
O esloveno Matej Rimanic, vencedor do Grande Prémio, faz uma alusão às primeiras criações da história do cinema com uma história de amor a preto e branco, na qual dois jovens de vinte e poucos anos trocam mensagens através de aviões de papel.
O júri desta primeira edição foi heterogéneo, desde Khaby Lame, a segunda pessoa com mais seguidores na plataforma, ao cineasta franco-cambojano Rithy Panh, presidente do júri.
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