A britânica Judi Dench tem uma carreira com 60 anos no cinema, teatro e televisão. Ganhou tudo o que havia para ganhar: prémios e o respeito dos seus pares e do público.
Aos 82 anos, ela é aquilo que os seus compatriotas gostam de chamar... um tesouro nacional.
Agora, as más notícias: a atriz revelou que a maior equívoco sobre ela é ser "a porra de um tesouro nacional" (a tradução mais benigna que vemos em filmes e séries do original "f**king national treasure").
"Toda a gente o diz, toda a gente. É horrível, é medonho. Odeio-o", disse numa entrevista este domingo ao The Times.
A antiga chefe de James Bond explicou ainda que gostava de ser recordada pelos seus papéis mais controversos, como o da personagem da professora autoritária e solitária que se tornava sinistra ao descobrir que a sua atração por uma colega (Cate Blanchett) não era correspondida, e menos pelas personagens mais tranquilas onde passeia o talento que lhe vale os tais elogios, como o da tranquila reformada que decidia partir à descoberta da Índia.
"Preferia muito mais ser a mulher de 'Diário de um Escândalo' [2006] do que a mulher do '[O Exótico] Hotel Marigold' [2011], percebe o que quero dizer?", acrescentou.
Apesar da reputação e do Óscar pelos oito minutos em que aparece como Isabel I em "A Paixão de Shakespeare", outra curiosidade da entrevista é que Judi Dench não gosta "especialmente de interpretar rainhas".
Apesar disso, o encontro com a imprensa foi a propósito de "Vitória e Abdul", onde volta a ser a rainha Vitória 20 anos após o sucesso de "Sua Majestade, Mrs. Brown".
A estreia em Portugal será a 28 de setembro.
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