A difícil infância de Judy Garland já faz parte da lenda de Hollywood e contribuiu para uma vida adulta de vícios que acabaram por a matar apenas com 47 anos.

No entanto, uma nova autobiografia avança agora que a rodagem de "O Feiticeiro de Oz" (1939), quando ela tinha apenas 16 anos, foi ainda pior do que se imaginava.

Um livro de Sid Luft, falecido em 2005 mas só agora publicado, que foi o terceiro marido da estrela entre 1952 e 1965, alega que esta era frequentemente acariciada e maltratada pelos atores que faziam de Munchkins no lendário filme.

"Faziam a vida de Judy miserável na rodagem, enfiando as  mãos por debaixo do seu vestido. Os homens tinham 40 anos ou mais", escreve no livro "Judy and I: My Life with Judy Garland".

"Eles pensavam que ficavam impunes com qualquer coisa porque eram tão pequenos", acrescentou.

Há muito que existem rumores sobre os seus comportamentos, nomeadamente o facto de estarem frequentemente alcoolizados e fazerem grandes orgias de sexo no hotel onde estavam todos alojados.

O produtor Mervyn LeRoy chegou a dizer que foi necessário colocar polícias em todos os pisos.

Foram reunidos centenas de anões de todos os EUA e Alemanha para interpretar os Munchkins em "O Feiticeiro de Oz": nunca tinham conhecido tantos e o resultado foi uma rodagem descrita como "a Calígula dos anões".

"Eram muito pequenos, estavam bêbados. Puseram-nos a todos num hotel em Culver City e ficavam bêbados todas as noites e tinham de os apanhar em redes de borboletas", recordou a própria Judy Garland em 1967, dois anos antes da sua morte.

"Um deles, que era um senhor de cerca de 40, convidou-me para jantar. Não lhe podia dizer que não queria ir por ele ser um anão, portanto simplesmente disse-lhe 'Não, a minha mãe não iria gostar', mas ele disse para a trazer também", concluiu.

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