O Sindicato de Realizadores de cinema, televisão e publicidade nos EUA (DGA), um dos mais certeiros prognosticadores dos Óscares, avançou com os candidatos aos seus prémios.

Pelo incontornável "La La Land - Melodia de Amor", Damien Chazelle (foto) é o favorito de uma lista em que todos os candidatos são estreantes aos prémios dos DGA.

Sem surpresa é a presença dos realizadores de outros três filmes sistematicamente entre os nomeados e premiados nas últimas semanas: Barry Jenkins por "Moonlight", Kenneth Lonergan por "Manchester by The Sea" e Denis Villeneuve por "O Primeiro Encontro".

A nomeação mais surpreendente é a de Garth Davis por "Lion - A Longa Estrada Para Casa", pois empurra para fora do grupo Martin Scorsese por "Silêncio", Mel Gibson por "O Herói de Hacksaw Ridge" ou Tom Ford por "Animais Noturnos".

A presença de Davis repete-se nas nomeações para os realizadores de primeiros filmes, juntando-se a Tim Miller por "Deadpool", Nate Parker por "O Nascimento de Uma Nação" (durante muito tempo considerado um favorito aos prémios de cinema até vir a público um caso antigo de violação de que foi absolvido), Dan Trachtenberg por "10 Cloverfield Lane" e Kelly Fremon Craig por "The Edge of Seventeen".

As escolhas do Sindicato dos Realizadores, vistas em conjunto com as dos Produtores, anunciadas na terça-feira, indicam o mais provável grupo de nomeados que vai discutir as grandes nomeações para os Óscares: "La La Land", "Moonlight", "Manchester by the Sea", "O Primeiro Encontro" e  "Lion - A Longa Estrada Para Casa".

Desde 1970, quando ficou definido que seriam cinco nomeados na categoria, apenas por cinco vezes as nomeações do Sindicato dos Realizadores coincidiram a 100% com as dos Óscares. Para as primeiras votam mais de 16 mil membros, enquanto o comité dos realizadores da Academia tem 473.

Por outro lado, os DGA têm sido um dos mais seguros prognosticadores em quem será o vencedor: desde 1950, apenas 7 não ganharam a seguir o Óscar.

Foi isso que aconteceu quando Anthony Harvey ganhou o DGA com "Um Leão no Inverno" e o Óscar foi para Carol Reed por “Oliver!” (1968);  Francis Ford Coppola foi distinguido com "O Padrinho" e o Óscar foi para Bob Fosse por “Cabaret, Adeus Berlim” (1972); Steven Spielberg recebeu por "A Cor Púrpura" e a Academia preferiu Sydney Pollack por "África Minha" (1985); Ron Howard ganhou com “Apollo 13” e Mel Gibson foi escolhido por “Braveheart - O Desafio do Guerreiro” (1995); Ang Lee recebeu com "O Tigre e o Dragão" e perdeu depois para Steven Soderbergh com “Traffic - Ninguém Sai Ileso” (2000); e Rob Marshall foi distinguido por “Chicago” e a Academia optou, num dos grandes choques da sua história, por Roman Polanski e "O Pianista" (2002).

Em 2012, aconteceu um caso único: Ben Affleck ganhou com "Argo" e nem sequer foi nomeado na categoria para os Óscares, onde ganhou Ang Lee por "A Vida de Pi".

Os premiados serão conhecidos a 4 de fevereiro.

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