Desde que Steven Spielberg deixou uma geração em pânico antes de entrar no mar com "Tubarão", poucos filmes sobre esta espécie tiveram êxito.
As sequelas do sucesso de bilheteira de 1975 transformaram o género num depósito de filmes de monstros, desde a saga "Sharknado" até "Perigo no Oceano" ou "Águas Perigosas".
"Meg: Tubarão Gigante", que estreia a 23 de agosto em Portugal com o objetivo de mudar este panorama, apresenta um megalodonte de dois milhões de anos, cinco vezes maior que um tubarão branco ( daí também ser conhecido por tubarão branco-gigante).
"Quando você é uma criança, acredita que existe um monstro debaixo da cama ou dentro do armário. E estes monstros aterrorizam-nos, aparecem nos nossos piores pesadelos", afirmou à AFP um dos protagonistas do filme, Rainn Wilson.
"Eles estão em nossas sombras. Atualmente a humanidade está num momento sombrio e penso que os filmes de monstros e os filmes de monstros pós-apocalípticos refletem isso", completou.
Baseado no best-seller "Meg" de Steve Alten, a longa-metragem dirigida por Jon Turteltaub conta ainda com a estrela dos filmes de ação Jason Statham e a chinesa Li Bingbing no elenco.
"Meg: Tubarão Gigante" começa com o ataque de uma criatura gigantesca no fundo do Oceano Pacífico contra a estação de um programa internacional de observação submarina.
O antigo socorrista Jonas Taylor (Statham), reformado, é chamado por um oceanógrafo, Dr. Zhang (Winston Chao), contra a vontade da sua filha Suyin (Li), que acredita ter as condições de liderar a operação.
Mas salvar a tripulação do magalodonte de 23 metros exigirá muito esforço.
Wilson recordou quando viu "Tubarão" pela primeira vez, aos 12 anos.
"Nunca tinha visto um filme como este antes. Recordo-me que realmente causou uma impressão indelével", acrescentou.
"As imagens eram tão bonitas e viscerais e era absolutamente aterrorizante", completou.
Mas o então adolescente não ficou a saber na época das dificuldades que Spielberg teve com o seu modelo de tubarão - chamado de Bruce pelo seu criador - para que funcionasse em água salgada.
Já a criatura de "Meg: Tubarão Gigante" foi criada por computador, com base numa grande pesquisa sobre a aparência do animal.
O japonês Masi Oka, que interpreta um dos tripulantes presos, já trabalhou na área de efeitos visuais - nas prequelas de "Star Wars", "Missão a Marte", "Exterminador Implacável 3", entre outros.
Ele afirma que a tecnologia avançou de maneira impressionante.
Como noutras grandes produções recentes ("A Grande Muralha", "Velocidade Furiosa 7", "Arranha-Céus"), Meg: Tubarão Gigante" recebeu boa parte do seu financiamento da China.
E uma grande parte da história acontece na ilha chinesa de Hainan. Também teve cenas filmadas na Nova Zelândia. O golfo de Hauraki tornou-se o Pacífico e várias cenas foram feitas em tanques de Auckland.
"A China é um lugar maravilhoso, vibrante, colorido e brilhante. É um paraíso para um filme sobre um tubarão gigante", resumiu o realizador John Turteltaub.
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