Morreu Buck Henry, genial e lendário argumentista cujo trabalho em "A Primeira Noite" ("The Graduade") e uma mão cheia de outros trabalhos influenciou gerações de colegas e de espectadores.
Tinha 89 anos e faleceu na quarta-feira à noite de ataque cardíaco no Hospital Cedars-Sinai, em Los Angeles.
Buck Henry começou por trabalhar em televisão na década de 1960 antes de adaptar o livro de Charles Webb e dar ao cinema "Mrs. Robinson, you're trying to seduce me, aren't you? ["Senhora Robinson, está a tentar seduzir-me, não está?] e outros diálogos memoráveis para o que se tornaria o filme de Mike Nichols protagonizado por Dustin Hoffman, Katharine Ross e Anne Bancroft, um dos títulos incontornáveis que "anunciou" a chegada de uma nova "Hollywood" em 1967.
O trabalho valeu-lhe a primeira nomeação para os Óscares. A outra foi como co-realizador, com Warren Beatty, de outro clássico, "O Céu Pode Esperar" (1978).
Outros livros que adaptou ao cinema foram "Artigo 22" (1970, Mike Nichols), "O Mocho e a Gatinha" (1970, Herbert Ross), "Que Se Passa Doutor?" (1972, Peter Bogdanovich), "Operação Golfinho" (1973, Mike Nichols) e "Disposta a Tudo" (1995, Gus Van Sant).
Em 1967, ganhou o Emmy, prémio máximo da televisão, por um dos argumentos para a série "Get Smart - Olho Vivo" (1965-1970), a comédia com "Maxwell Smart" e a "Agent 99" que satirizava o género da espionagem e criara com Mel Brooks.
Deixa ainda dezenas de créditos como ator, nos seus filmes e noutros, incluindo a fazer de ele próprio no clássico "O Jogador" (1992, Robert Altman).
O Saturday Night Live tornou-o popular para uma nova geração de espectadores: foi anfitrião 10 vezes nos primeiros cinco anos e os seus sketches "Samurai" com John Belushi estão entre os mais recordados do programa de comédia.
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