Morreu Jeannot Szwarc, o realizador de "Tubarão II", "Supergirl" e o muito amado "Algures no Tempo" ("Somewhere in Time" no original), um filme romântico de 1980 com Christopher Reeve e Jane Seymour com uma vasta legião de fãs. Tinha 85 anos.
Foi Jane Seymour que anunciou a notícia da morte na quarta-feira nas redes sociais: "Hoje, dizemos adeus a um verdadeiro visionário. Jeannot Szwarc não foi apenas um realizador brilhante, mas uma alma gentil e generosa. Deu-nos tantas histórias intemporais, incluindo 'Somewhere in Time', um filme que mudou a minha vida para sempre. Que a sua memória seja uma bênção, e que a sua arte viva nos nossos corações.”
Com uma carreira de décadas por vários géneros tanto no cinema como na TV, os fãs do Super-Homem recorda-no por “Supergirl”, que trouxe Kara Zor-El para o grande ecrã, e pela realização de 14 episódios da série “Smallville”, que retratava os primeiros anos de Clark Kent antes de se tornar o super-herói, incluindo "Homecoming", o aclamado episódio 200.
Nascido em 21 de novembro de 1939 em Paris antes de a família emigrar para os EUA, licenciou-se da Universidade de Harvard e começou a ganhar experiência na 'escola' da TV dos anos 1960 a dirigir episódios de séries como "Ironside", "Columbo", "Perry Mason", "Kojak", "The Rockford Files", "The Virginian" ou "The Six Million Dollar Man".
Para os espectadores que iam ao cinema nas décadas de 1970 e 1980, foram os filmes que chamaram mais a atenção: após "Extreme Close-Up" (1973) e "Os Invasores Que Vieram do Centro da Terra" (1975), a carreira disparou com "Tubarão II" (1978), a sequela do popularíssimo filme de 1975 de Steven Spielberg.
O seu trabalho mais amado é "Algures no Tempo" (1980), com uma famosa banda sonora de John Barry, onde Christopher Reeve interpretava um dramaturgo que ficava obcecado com a fotografia de uma jovem atriz que via pendurado na parede de um hotel (Seymour) e através da auto-hipnose regressava no tempo a 1912 para a encontrar.
Outros filmes foram o 'thriller' de espionagem "Enigma" (1982), que se dizia ser o seu preferido pessoal, e "Pai Natal: O Filme" (1985), outro título nostálgico para muitos, antes de voltar a trabalhar em telefilmes e séries até 2019.
Segundo os relatos de quem com ele trabalhou, era muito popular entre as equipas de Los Angeles e Vancouver: além de "Smallville", a lista de créditos inclui alguns dos títulos mais mediáticos do pequeno ecrã das últimas décadas, de "Ally McBeal" a "Causa Justa", "JAG: Em Nome da Justiça", "Boston Legal", "Sem Rasto", "Heroes", "Ossos", "Casos Arquivados", "Anatomia de Grey", "Fringe", "Clínica Privada", "Sobrenatural", "Scandal" e "Castle".
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