Foram várias as ondas de críticas a Greta Gerwig e Margot Robbie ficarem de fora a 23 de janeiro das nomeações aos Óscares nas suas respetivas categorias, Melhor Realização e Melhor Atriz, por "Barbie", o maior sucesso de bilheteira de 2023.

Foi o maior dos "Oscar snub", a expressão usada para descrever as nomeações que pareciam "garantidas" ou mais prováveis que não se concretizam, apesar de Robbie estar nomeada enquanto produtora do Melhor Filme e Gerwig pelo Argumento Adaptado, enquanto America Ferrera surpreendeu com a presença na categoria de Melhor Atriz Secundária.

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Apesar das oito nomeações fazerem do filme um dos candidatos mais fortes, insinuou-se que a história parecia espelhar a realidade, já que tinha sido um homem a receber o reconhecimento (Ryan Gosling, nomeado para Melhor Ator Secundário) e não as mulheres.

Mas Helen Mirren, que ganhou o Óscar de Melhor Atriz com "A Rainha" em 2006 e foi a narradora de "Barbie", acha que não vale a pena dar importância ao tema.

"Honestamente, não se pode ficar chateado com coisas assim", disse a lendária atriz à jornalista do Entertainment Tonight na passadeira vermelha da recente cerimónia dos American Cinematheque Awards, onde foi homenageada pela carreira.

"O que é fantástico é que 'Barbie' foi o filme mais rentável que a Warner Bros. alguma vez teve e lembra-se de quem é que ganhou o Óscar de Melhor Filme de há dois anos?", continuou.

"Claro que teria adorado que a Greta [fosse nomeada] e acho que devia ganhar. É tão difícil, não é uma corrida, não se pode... o trabalho do Christopher Nolan em ‘Oppenheimer’ foi espetacular, extraordinário. Mas para mim, o da Greta era tão inovador, tão corajoso, era algo que nunca tínhamos visto. Simplesmente adoro o facto de que o público respondeu da maneira que respondeu”, concluiu.

A cerimónia dos Óscares está marcada para 10 de março em Los Angeles.