Keanu Reeves volta aos ecrãs de cinema na próxima semana para um quarto capítulo da saga "John Wick", um filme de ação em ritmo acelerado que, segundo ele, é "quase como um balé".

"Sempre sonhei em atuar em Paris e voltar aqui é maravilhoso", contou à France-Presse enquanto passava pela capital francesa para promover a nova produção.

A última vez que o ator canadiano gravou cenas em Paris foi há mais de 35 anos, em "Ligações Perigosas" (1988), de Stephen Frears, uma história de amor que se passa na França do século XVIII.

Desde então, Reeves seguiu outro rumo, cada vez mais voltado para o suspense, primeiro com a saga "Matrix", agora com o brutal, mas elegante John Wick, um assassino contratado que, neste novo filme, enfrenta os seus adversários em cartões-postais como Montmartre e o Arco do Triunfo.

"Adoro um bom filme de ação", confessa.

"Poder filmar em frente ao Sacré-Coeur, em Montmartre, filmar à noite nas ruas... tudo isso foi muito especial", disse.

"Usamos a tecnologia digital, mas gostamos mais do movimento visceral dos corpos, da violência, em carne e osso. É quase como um balé", acrescenta.

Keanue Reeves na rodagem com o realizador Chad Stahelski

A trama inicial do primeiro filme "John Wick" (2014) parecia insonso: um assassino reformado que decide vingar a morte do seu cachorro. Entretanto, o seu papel e as reviravoltas na história tornaram-se um dos mais bem-sucedidos trabalhos do ator.

"O papel em 'Matrix' foi fantástico, uma experiência que mudou a minha vida quando era jovem. 'John Wick' é mais para a minha meia-idade, para os meus 50 anos", conta.

Reeves começou bem cedo na televisão canadiana e ganhou fama em 1991 com "Ruptura Explosiva" e "A Caminho de Idaho", o segundo com o ator River Phoenix, que morreu dois anos mais tarde.

Atualmente, à beira dos 60 anos, o ator diz que não sabe se chegou ao seu limite.

"O que fazemos não é fácil... Preciso treinar meses antes de conseguir. Preciso de muitos especialistas e de um realizador que tenha a visão necessária para criar a fotografia, o design, a banda sonora, o guarda-roupa", confessa.

Para ele, o que deixa o público mais interessado na saga são as tensões internas da personagem e as aventuras pelas quais passa.

"O homem John Wick e o assassino John Wick... quase parecem rivais, mas estão realmente ligados", diz ele.

"Aquele jogo, essa tensão, acho fascinante", conclui.

"John Wick: Capítulo 4" chega ao cinemas portugueses a 23 de março.

TRAILER: