O seu mais recente filme, o «thriller»
«Crime d'Amour», com
Ludivine Sagnier e
Kristin Scott Thomas, teve estreia alargada em França há duas semanas, mas o seu autor,
Alain Corneau, mal teve tempo de acompanhar o lançamento, já que foi vitimado por um cancro no pulmão aos 67 anos de idade.
Realizador e também argumentista, Corneau especializou-se em «thrillers» mas abordou uma variedade de géneros. A sua carreira começou em 1970 como assistente de direcção de
Costa-Gavras em
«A Confissão», onde trabalhou pela primeira vez com
Yves Montand, que voltaria a dirigir três vezes.
«France Inc» foi o seu primeiro trabalho de realizador, e surgiu quando tinha 30 anos, em 1973. O sucesso chegaria com o policial
«Police Python 357», protagonizado por Montand.
A sua obra foi constantemente popular, e nela destacam-se o épico colonial
«Fort Saganne» (1984), então o filme francês mais caro de sempre,
«Nocturno Indiano» (1989), baseado no romance de Antonio Tabucchi, e
«Todas as Manhãs do Mundo», porventura a sua obra mais celebrada, que relata a história de um intérprete de viola no século XVII, e ganhou o César para Melhor Filme, o equivalente ao Óscar do cinema francês.
Em 2010, recebeu o Prémio Henri-Langlois pela exemplaridade do seu variado e mas consistente percurso cinematográfico.
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