O realizador Tim Burton admite que lhe dá vontade de rir que o novo filme "The Batman" seja assumidamente "sombrio" quando foram as queixas do mesmo estúdio em relação a esse tom em "Batman Regressa" (1992) que o fizeram abandonar a saga.
Apesar de ainda não ter visto o filme de Matt Reeves com Robert Pattinson (mas tenciona fazê-lo), Burton nota numa entrevista à revista britânica Empire que "é engraçado ver isto agora, porque regressam todas estas recordações de 'É demasiado sombrio'. Portanto, isso faz-me rir um bocadinho".
Após o sucesso do seu "Batman" em 1989, o realizador teve carta-branca para a sequela, mas acabou por ver responsáveis do estúdio Warner Bros. queixarem-se do tom sombrio.
A seguir, entrou o realizador Joel Schumacher, que fez uns muito diferentes "Batman Para Sempre" (1995) e "Batman & Robin" (1997), e assumiu a responsabilidade pelas decisões criativas, incluindo a mais polémica de todas: os esquisitos mamilos no fato de Batman.
E Tim Burton não esquece e não perdoa: "Eles seguiram na outra direção. É isso que é engraçado sobre isso. Mas na altura, eu fiquei, 'Vocês queixam-se sobre mim, sou demasiado esquisito, sou demasiado sombrio, e depois colocam mamilos no fato? Vão fo***-**'. A sério."
"Portanto sim, acho que foi por isso que não acabei [por fazer um terceiro filme]", reconheceu.
Nesta entrevista a propósito dos 30 anos do segundo filme, o realizador faz questão de esclarecer: "Não sou simplesmente muito sombrio. Isso representa-me no sentido em que... é assim que vejo as coisas. Não significa ser sombrio puro. Há uma mistura. Sinto muito carinho por [‘Batman Regressa’] por causa do experiência estranha que parecia".
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