Durante a Gala da SPA, os atores do filme
«Sangue do meu Sangue», que subiram várias vezes ao palco (a película arrecadou três dos quatro prémios da categoria de cinema), deixaram apelos ao governante para que a nova legislação sobre este setor seja aprovada com rapidez.


Francisco José Viegas
assistiu ao evento num dos camarotes do grande auditório do Centro Cultural de Belém (CCB) e não na primeira fila da plateia, onde estavam personalidades como o presidente do CCB, Vasco Graça Moura, o antigo Presidente da República Mário Soares, o ex-primeiro-ministro António Guterres ou o escritor José Jorge Letria.

Depois de o filme «Sangue do meu sangue» ter recebido o primeiro prémio da noite, de melhor argumento, e mesmo antes de abandonar o palco com o restante elenco, a atriz
Rita Blanco disse: «Espero que a lei do cinema seja aprovada».

O realizador do filme,
João Canijo, não esteve presente na cerimónia por se encontrar no México, para uma ação de promoção de «Sangue do meu Sangue». Mais à frente, Rita Blanco voltou a subir ao palco para receber o prémio de melhor atriz, também pelo seu desempenho em «Sangue do meu Sangue», e fez uma intervenção de agradecimento na qual disse esperar que «não seja possível» que a cultura acabe em Portugal.

No terceiro prémio atribuído a «Sangue do meu Sangue», o de melhor filme, foi a vez de o produtor da película, Pedro Borges, dizer que esta é uma lei que «todo o cinema português espera».

Borges referiu que o setor sofreu «um corte de 100 por cento, ligeiramente mais» do que «noutras atividades», e apelou a que a nova legislação esteja «rapidamente a funcionar», para que se façam «mais filmes» e haja «mais trabalho».

Na gala da SPA, o filme «Sangue do meu Sangue», de João Canijo, conquistou o prémio de Melhor Argumento e Melhor Filme e a atriz Rita Blanco o de melhor Atriz, pelo seu desempenho num dos papéis principais.
Nuno Melo ganhou o troféu de Melhor Ator por
«O Barão».

@Lusa