"The Fight", um documentário que estreia a 31 de julho nos Estados Unidos, acompanha cinco advogados e os bastidores da sua luta contra polémicas políticas do presidente norte-americano, que se candidatou à reeleição.

A longa-metragem, filmada ao longo de três anos, mostra a batalha entre o governo federal e a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU), a principal organização de direitos humanos dos Estados Unidos.

"O que somos? Dois andares e meio de um prédio em Nova Iorque", destaca o diretor de direitos do eleitor da ACLU, Dale Ho. "E enfrentamos o poder do governo federal e esse movimento político massivo".

Mas, como mostra o filme, a ACLU alcançou várias vitórias significativas.

Uma delas foi evitar que uma pergunta sobre cidadania fosse adicionada ao censo de 2020 que, segundo Ho, procurava suprimir a participação das comunidades migrantes na consulta.

O documentário mostra a preparação meticulosa e nervosa de Ho em frente ao espelho de um quarto de hotel na véspera de ir ao tribunal... e a alegre aclamação do seu escritório ao conhecer a decisão.

O advogado, no entanto, é cauteloso ao contar as vitórias.

"A maior parte do que temos feito nos últimos três anos é jogar à defesa", disse Ho numa conferência de imprensa virtual este mês. "Estou a tentar prevenir, impedir, mitigar essas atrocidades aos direitos humanos e civis cometidas por este governo e outros".

Tensões internas

O filme foi realizado por Elyse Steinberg, Josh Kriegman e Eli Despres, que dirigiram também o documentário sobre Anthony Weiner, um ex-congressista norte-americano que se envolveu num escândalo sexual com uma menor de idade.

Assim como "Weiner", "The Fight" foi aclamado pela crítica quando apresentado no festival de Sundance em janeiro. O documentário aposta em mostrar o lado humano dos seus protagonistas, os advogados de elite.

Embora a ACLU tenha apresentado mais de 100 processos contra o governo de Trump, o filme trata de apenas quatro.

O documentário também aborda algumas das polémicas da própria ACLU, como a defesa do direito dos supremacistas brancos a protestar em Charlottesville em 2017, que culminou no assassinato de um manifestante de um protesto oposto.

Nem todas as batalhas terminam bem-sucedidas, o que realça a luta em curso.