A saga de ficção científica "Tron" terá nova vida no cinema, mas não será uma sequela direta dos filmes anteriores.
A Disney vai avançar com um novo filme com Jared Leto e o realizador será Garth Davis, que fez "Maria Madalena" (2018) com Joaquin Phoenix e Rooney Mara, mas é principalmente conhecido por "Lion - A Longa Estrada Para Casa" (2016), com Dev Patel e Nicole Kidman, que esteve na corrida aos Óscares.
O novo "Tron" será uma estreia nos grandes projetos de Hollywood, mas foi o cineasta australiano que perseguiu "agressivamente" o projeto e a sua abordagem convenceu os responsáveis da Disney, revela o Deadline Hollywood.
Não existem mais pormenores criativos, mas o argumento já teve várias versões e Jared Leto vai ser um dos produtores, o que assinala um envolvimento maior no projeto.
Lançado em 1982, o primeiro "Tron" contava a história de Kevin Flynn, um "hacker" (papel de Jeff bridges) literalmente sugado para o ciber-universo interno de um computador e forçado a participar em jogos perigosos, onde a sua única possibilidade de fuga residia no auxílio de um heroico programa de segurança.
O filme foi uma revelação, dando aos cinéfilos algo que nunca tinham visto: efeitos especiais que pareciam impossíveis para a altura e um conceito completamente inovador, atirando a audiência para o interior de um computador e abrindo os olhos do público às possibilidades da animação digital, incluindo os de John Lasseter, o mentor da Pixar, que decidiu o rumo da sua carreira depois de o ver.
"Tron" tinha uma visão estava muito à frente do seu tempo e embora o sucesso de bilheteira tenha sido então reduzido, ganhou um imenso êxito de culto, que justificou o apetite para avançar com uma sequela quase três décadas depois.
Em "Tron: O Legado" (2010), Sam Flynn (Garrett Hedlund), o filho de Kevin Flynn decidia investigar o desaparecimento do pai e era sugado para o mundo digital de Tron, onde este vivia há 25 anos, tecnologicamente muito sofisticado e excecionalmente perigoso.
Criado de raiz em 3D e não em pós-produção, como na maioria dos títulos do género por volta de 2010, com um Jeff Bridges "rejuvenescido" 30 anos pelos efeitos especiais, e banda sonora dos Daft Punk, o filme voltou a estar novamente à frente do seu tempo e os resultados de bilheteira foram sólidos, mas não espetaculares (400 milhões de dólares a nível mundial para um investimento de 170).
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