Não existiria um "The Batman" realizado por Matt Reeves e com Robert Pattinson se antes, em fevereiro de 2019, Ben Affleck não tivesse desistido de fazer um a versão, confirmando mais tarde que tomou a decisão depois da má experiência que teve com "Liga da Justiça".
Apesar disso, a meio de dezembro do ano passado, o realizador James Gunn ("Guardiões da Galáxia"), um dos novos presidentes executivos da DC Studios, revelou nas redes sociais que tinha conversado com Ben Affleck sobre a possibilidade de um dia dirigir "o projeto certo" dentro da sua nova DC, cujo plano para os próximos anos foi revelado no final de janeiro.
Agora, chegou um "não" público categórico, o que faz com que a sua participação em "The Flash" seja a provável a sua despedida do Universo Cinematográfico, seja o novo como o anterior.
"Não realizaria nada para DC do [James] Gunn. Absolutamente não. Não tenho nada contra o James Gunn. Um tipo simpático, de certeza que fará um ótimo trabalho. Simplesmente, não gostaria de entrar e realizar da maneira que eles estão a fazer aquilo. Não estou interessado nisso", revelou durante uma longa entrevista à volta de vários temas à revista The Hollywood Reporter.
A resposta surge após falar dos filmes que gosta de fazer, que descreveu como o oposto daquilo a que chamou "a experiência 'Liga da Justiça'", o filme de 2017 que teve uma problemática produção, tanto pelos problemas pessoais como pela saída do realizador Zack Snyder após a morte da sua filha e a sua substituição por Joss Whedon, que fez várias alterações.
A experiência é descrita como uma revelação: "Aquelas histórias de certa forma se tornaram repetitivas para mim e menos interessantes. Sim, finalmente descobri como interpretar aquela personagem [Batman] e acertei em 'The Flash'. Durante os cinco minutos que apareço, é realmente ótimo. Muito disso é apenas tom. Tem que se descobrir, qual é a sua versão da pessoa? Quem é o tipo que se encaixa no que você pode fazer? Tentei encaixar-me num Batman. E já agora, gosto muito do que fizemos, especialmente do primeiro ['Batman v Superman']".
Sem mencionar o nome de Joss Whedon, Affleck diz que a sua entrada em "Liga da Justiça" numa altura em que ele já se preparava para fazer a sua versão de "The Batman" foi um momento decisivo: "Fez-me decidir 'Estou fora. Nunca mais quero fazer nada disto. Não sou a pessoa indicada'".
"Essa foi a pior experiência que já tive numa indústria cheia de más experiências. Partiu o meu coração. Houve uma ideia de alguém [Joss Whedon] vir, do género ' Vou salvar-vos e faremos 60 dias de rodagem e escreverei uma coisa inteira à volta do que vocês têm. Tenho o segredo'. E não era o segredo", explicou.
"Isso foi difícil. E comecei a beber demais. Regressava ao hotel em Londres, era isso ou saltar pela janela. E apenas pensei, 'Esta não é a vida que quero. Os meus filhos não estão aqui. Sinto-me infeliz'", recordou.
"Uma pessoa quer ir trabalhar e encontrar algo interessante a que se agarrar, em vez de estar apenas a vestir um fato de borracha", continuou Affleck, que nota que chegou a um momento em que deixou de ser criativamente satisfatório como ator estar a maior parte do tempo a imaginar o que acontece numa cena enquanto está à frente de um ecrã verde, "suado e exausto".
"E pensei, 'Não quero participar nisto de forma alguma. E não quero desperdiçar mais da minha vida, da qual tenho uma quantidade limitada", resumiu, antes de revelar o "não" categórico que deu a James Gunn.
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