Em 2006, "Borat: Aprender Cultura da América para Fazer Benefício Glorioso à Nação do Cazaquistão" (2006) foi banido em cinema e vídeo no Cazaquistão por dar uma imagem do país como racista, sexista e primitivo.
Sacha Baron Cohen foi ainda ameaçado com um processo por causa do filme e da sua personagem do "famoso" apresentador de televisão daquele país da Ásia central com atitudes machistas e homofóbicas, ódio aos judeus e defensor da pedofilia e incesto.
A atitude começou a mudar após os responsáveis políticos descobrirem que o turismo aumentou com a popularidade do filme. Em 2012, o ministro dos Negócios Estrangeiros acabou por agradecer a "ajuda" ao humorista britânico.
Oito anos mais tarde, com o lançamento da sequela "Borat Subsequent Moviefilm", o país passou a abraçar oficialmente o fenómeno: o departamento de turismo está a usar numa campanha o "Very Nice", uma das frases mais conhecidas da personagem, para tentar contrariar o impacto da pandemia no setor.
De acordo com o New York Times, a proposta foi apresentada apenas há duas semanas por Dennis Keen, um americano que vive e trabalha na área de turismo no Cazaquistão, e o amigo Yermek Utemissov, e foi imediatamente aprovada.
A dupla defende que o país é agora uma nação globalizada, o que ajuda as autoridades a ver o filme outrora banido mais como uma sátira do que uma ofensa cultural.
Segundo o comunicado de Kairat Sadvakassov, o principal responsável pelo Turismo na Cazaquistão, o "Very nice" apresenta "a descrição perfeita do vasto potencial turístico do Cazaquistão de uma forma curta e memorável".
A nova campanha arrancou no domingo (25) com quatro spots de 12 segundos com turistas a visitar vários locais emblemáticos do país e a dizer a frase.
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