Em "Manhattan Nocturne", Porter é um jornalista da velha guarda com asco a 'hashtags' e 'likes', que se envolve com a 'femme fatale' Caroline. Quando ela lhe pede ajuda para descobrir as circunstâncias da morte do seu marido… mentiras e 'twists' estão à espreita... pois como é apanágio do género, afinal, nada é como aparenta.
Pelas ruas depressivas de Nova Iorque, somos guiados pela voz cínica de Adrien Brody enquanto seguimos as pistas que vai descobrindo nos cartões das câmaras de filmar deixadas por Simon, um realizador 'rock star' obcecado em gravar a autenticidade da vida. Num dos seus jogos com Caroline, acabam por envolver um magnata do jornalismo…
Yvonne Strahovski é a loura da nossa história e Campbell Scott é o vilão grunge com manias psicossexuais (a lembrar a personagem de Dennis Hopper em "Veludo Azul" de David Lynch), que alimentam uma relação abusiva, onde por vezes não entendemos o propósito, mas vivemos a intensidade. Brody, urbano depressivo, está talhado para o género.
Com erotismo e mistério, o querer saber “quem” e “porquê” vai-se adensando sem ação... mas com melancolia e algum desespero, "Manhattan Nocturne" é um 'neo noir' para um bom serão que permite revisitar todos os modelos dos seus antepassados 'hard-boiled' dos anos 40... onde nem falta uma estatueta como em “Relíquia Macabra” e um milionário traumatizado.
Autor: Daniel Antero
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