Hoje, às 19h30, na sala 2, acontece a conferência “Música, Uma História da Alemanha” com o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, e o subdiretor do departamento de Música da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, Daniel Moreira, com moderação da diretora do Instituto Goethe Portugal, Jana Binder.

Às 21h00, a Orquestra Sinfónica do Porto atua na Sala Suggia, sob direção do maestro titular, Stefan Blunier, para interpretar “Photoptosis” (1968), de Bernd Alois Zimmermann, e “Uma Vida de Herói” (1898), de Richard Strauss, no que a Casa da Música descreve como “um diálogo entre dois tempos históricos numa Alemanha profundamente contrastante”.

O ciclo prossegue no sábado com a Orquestra Barroca, acompanhada por Andreas Staier, no cravo e na direção musical, e a soprano Nuria Rial, como solista, para interpretar um programa composto por peças de Bach, Händel e Muffat.

No domingo, um concerto de “Valsas de Amor” leva o coro da instituição a interpretar Clara e Robert Schumann, bem como Brahms, seguindo-se, no dia 21, “Notas Imaginárias”, em que a Orquestra Sinfónica do Porto vai levar ao palco da Sala Suggia “A House of Call. My Imaginary Notebook”, de Heiner Goebbels, em estreia nacional.

“Impunha-se revisitar umas das potências maiores da música, ao caso a Alemanha, que continua a oferecer-nos um património musical inesgotável, desde o Renascimento até aos nossos dias, proporcionando, como poucos, um maná de obras-primas, do cânone ou de criação recente, para todos os Agrupamentos Residentes, novas propostas musicais que tendem a esbater as tradicionais e mútuas exclusões entre música ‘erudita’ e ‘não erudita’, e matéria fértil para o Serviço Educativo”, pode ler-se na mensagem do diretor artístico, António Jorge Pacheco, sobre a temporada de 2023.

No dia 22 de janeiro, a Casa da Música apresenta, em estreia nacional, “Speicher”, para grande ‘ensemble’, do artista em residência deste ano, Enno Poppe, que vai ter uma retrospetiva do seu trabalho no Porto. O concerto vai ter em palco o Remix Ensemble, sob direção do próprio compositor.

No dia 27, para encerrar o ciclo “Made in Germany”, a Casa da Música vai receber “O Anel do Nibelungo”, de Richard Wagner, na versão instrumental de Lorin Maazel, que “condensou uma obra monumental”. A interpretação é da Sinfónica do Porto, dirigida por Vassily Sinaisky, que volta a apresentar-se no dia 29, para tocar excertos da obra, “acompanhados pela narração de alguns episódios”.

“É no mundo e no tempo em que vivemos, e não numa qualquer torre de marfim, que a Casa da Música se propõe cumprir a sua missão cultural e apresentar-se a escrutínio, com um programa e um compromisso entendíveis e atendíveis. Verificaremos – nós, o nosso público, os artistas convidados e parceiros nacionais e internacionais – até que ponto a Casa da Música se encontra apetrechada para responder às expectativas de cidadãos mais informados e cada vez mais exigentes”, acrescentou António Jorge Pacheco na mensagem da temporada.